O trato animal exige manejo adequado, cuidados com a saúde e implementação de ações para evitar doenças, como verminoses. Para isso, a vermifugação em equinos é fundamental para prevenir danos à saúde e ao desempenho do cavalo.
Em muitos casos, os animais com parasitoses apresentam sinais clínicos característicos, como: perda de apetite, má absorção de nutrientes, diminuição do peso, quadros de desidratação, diarreias com sangue, machucados na pele, pelagem opaca e arrepiada e prurido anal. Com a evolução da doença, o cavalo pode ter comprometimentos graves e até morrer.
Em razão dos efeitos para a vida animal, é fundamental que os responsáveis e veterinários implementem a vermifugação em equinos por meio de um cronograma preventivo. Neste artigo, saiba quando e como fazer o procedimento.
Por que vermifugar os animais?
Embora o Brasil seja um país com grande número de equinos, com estimativa de 8 milhões de animais, apenas uma pequena parcela recebe os medicamentos para combate aos vermes. Para evitar que as doenças parasitárias gerem consequências graves para a saúde e performance dos cavalos, é ideal levar os seguintes fatores em consideração:
- idade – quanto mais novo, mais suscetível aos efeitos dos vermes no organismo;
- raça – algumas são mais delicadas em relação aos vermes;
- alimentação – quanto melhor e mais balanceado for o manejo, maior a defesa animal;
- manejo reprodutivo – com aumento da progesterona, éguas prenhas ficam suscetíveis às doenças parasitárias;
- piquete – se o local for úmido, as condições tornam-se ideais para desenvolvimento parasitário;
- população no mesmo piquete – se o número de animais dividindo o mesmo espaço for grande, a chance de contaminação também eleva.
Os veterinários podem classificar o grau de risco para os cavalos em três níveis e, assim, saber como deverá ser o processo de vermifugação em equinos:
- Baixo risco: cavalos que vivem confinados e se alimentam de forma adequada em cocheiras e baias. Recomenda-se vermifugá-los três vezes ao ano como medida profilática.
- Médio risco: equinos que vivem tanto confinados como soltos e, por tal razão, se alimentam tanto de ração quanto de capim. O risco de contaminação por conta do ambiente aumenta. Recomenda-se a vermifugação em equinos, nesse nível, no mínimo quatro vezes por ano.
- Alto risco: cavalos vivendo em sistemas de pastagem, se alimentando e tomando água de origens desconhecidas. O risco é elevado e a vermifugação precisa ser feita a cada dois meses, ou seja, no mínimo seis vezes por ano.
Quando fazer a vermifugação em equinos?
Ao perceber o nível de risco dos animais na propriedade, o veterinário poderá estabelecer a quantidade de vezes ao ano que aplicará o medicamento. Lembre-se que a vermifugação em equinos só pode ser conduzida por profissionais especializados, visto que eles sabem quais são os melhores produtos e a forma correta de administrar em cada animal.
Os potros precisam receber a primeira dose de vermífugos após 60 dias de nascimento e seguir o esquema de aplicação a cada dois ou três meses, conforme a orientação veterinária.
Como fazer?
É necessário sempre realizar exames laboratoriais das fezes do animais, como coprocultura, OPG e de fita gomada, com o objetivo de saber qual princípio ativo será o melhor para combate àquele verme, bem como o estágio de infestação parasitológica e o estabelecimento de um cronograma para uso. Indica-se também a modificação do medicamento para que não surja resistência ao vermífugo e, assim, não se perca a eficácia.
Importante destacar que o procedimento de vermifugação em equinos pode, muitas vezes, causar problemas intestinais. Por isso, é ideal saber como agir em casos de reações ao medicamento ou, até mesmo, na presença de sinais clínicos graves oriundos da infestação parasitária. Com o Curso de Primeiros Socorros em Equinos, você tem aulas práticas para conhecer todos os cuidados em situações emergenciais e salvar a vida animal.
Fontes: Cavalus; Ouro Fino Animais; Univitta; Engormix;