Transporte de equinos – cuidados necessários

Todos os dias nos deparamos com veículos transportando animais, desde cães até bovinos ou equinos. O transporte de animais vivos em geral, requer, além do atendimento a quesitos exigidos pelos órgãos reguladores, atenção às normas de segurança e, principalmente, cuidados especiais ao longo da viagem dos mesmos, visando preservar sua integridade física, saúde e segurança. O motorista deve atentar-se para o cumprimento das Leis do Código de Transito Brasileiro, além de seguir as leis fiscais e sanitárias de transporte de solípedes (animal cujo pé tem um só dedo, um só casco).

O transporte de cavalos no Brasil é feito basicamente por vias rodoviárias, com caminhões, carretas ou trailers. Esses animais também podem ser transportados por vias aéreas, marítimas, e também por ferrovias. Seja qual for o meio de transporte e a via utilizada, o motorista deve atentar-se para a segurança e o bem estar do animal. Sendo assim, vale seguir algumas dicas:

• Animais recém-nascidos cujo umbigo não esteja cicatrizado e fêmeas que tenham parido há menos de quarenta e oito horas ou que irão parir, não devem ser considerados aptos para serem transportados;

• O meio de transporte deve dispor de espaço suficiente para o animal ficar de pé na sua posição natural e, eventualmente, deverão também dispor de espaço para poderem deitar-se;

• Nos compartimentos em que se transportam animais não devem ser carregadas mercadorias que possam prejudicar o bem estar;

• O pavimento do veículo deve estar em perfeitas condições, de modo a evitar que os animais escorreguem. A serragem, quando utilizada não deve ser muito fina, pois, podem lesionar os olhos dos cavalos. Além disso, os meios de transporte devem ser construídos e utilizados de modo a proteger os animais de intempéries;

• Todos os veículos que fazem o transporte de carga viva devem estar marcados com um símbolo que indique a presença de animais vivos e um sinal que indique a posição em que se encontram. Devem igualmente permitir a inspeção e o tratamento dos animais, bem como proporcionar a circulação de ar;

• Se os animais viajarem presos deve-se tomar o cuidado para que as amarras tenham um comprimento suficiente para que os animais possam deitar-se, comer e beber, se necessário. Essas amarras devem ser concebidas de modo a evitar qualquer risco de estrangulamento. Nunca os animais devem ser presos pelos chifres;

• Deve-se atentar também para o tempo em que o equino ficará embarcado, respeitando as limitações do animal, geralmente, se em boas condições de viagem, os cavalos podem suportar cerca de 20 horas de viagem sem paradas, lembrando que, quanto mais tempo embarcado, mais o animal apresentará problemas, como stress;

• Tanto na hora do embarque quanto no desembarque, deve-se tomar todas as precauções para que os solípedes não sofram lesões. É necessária muita atenção, pois freqüentemente os animais podem estranhar mudanças bruscas de ambientes.

Para que os equinos sejam transportados de maneira sadia e cuidadosa, é fundamental que se atente para essas normas aqui apresentadas, podendo assim, garantir a integridade física e mental de seu cavalo.

 

Fonte: Cavalo Web

Adaptação: Escola do Cavalo

 

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