Testes genéticos em equinos prometem bons resultados na seleção e apuramento de raças

O controle de filiação, atualmente, feito por análise do genótipo em detrimento do uso do hemótipo visa assegurar a identidade e a definição de linhagens com um grau de certeza mais elevado (atualmente, com o uso de 12 ou 17 marcadores genéticos, o grau de certeza é praticamente de 100%).

A vantagem do genótipo é clara e atualmente é feito por laboratórios, de referência em todo o mundo, por processos completamente automatizados e em prazos que não ultrapassam 20 dias. Pela sua fiabilidade, e pelo fato de ser regulamentada e controlada a nível internacional, a técnica tem contribuído para uma maior confiança no mercado. Pela sua rapidez, contribui também para a dinamização verificada a nível internacional.

No entanto, a genética atualmente oferece outras possibilidades. A avaliação visual da cor dos cavalos não permite adivinhar a informação genética que ele porta. Não são raros os casos em que, cruzados dois animais, a descendência surge com uma cor inesperada/indesejada. A análise dos genes responsáveis pelas principais cores do pêlo (Lãza, Castanha, Preta, Isabel, Palomino, Baio, Rato, etc. já é possível, permite a programação de cruzamentos visando à eliminação de determinados genes e a manutenção de outros para assim assegurar o estabelecimento de linhagens puras também em relação à cor.

O impacto desses avanços recentes na genética de equinos é crescente. Permite aos criadores valorizar globalmente as suas criações pelo apuramento da cor e também individualmente os seus cavalos dado que, no momento de venda, podem garantir as características da descendência que eles virão a originar. Olhando para o futuro, não custa acreditar que a análise dos genes responsáveis pelas cores venha a fazer parte do resenho dos animais.

Na área da prevenção e controle de doenças, os diagnósticos genéticos possibilitam a detecção de infecções por vírus e bactérias antes mesmo da doença se manifestar. De um modo geral, a importância desta detecção precoce, é poder proporcionar a adaptação das condições a fim de evitar/retardar o início das manifestações das mesmas doenças e também um encaminhamento para processos de tratamento precoce e, assim, eficazes.

É importante também o papel que as análises genéticas têm na detecção da presença e da possibilidade que oferecem aos criadores para a eliminação, de genes causadores de doenças como, por exemplo, a OLWS (Overo Lethal White Syndrome) e a HYPP (Paralisia Periódica Hipercalêmica).

As capacidades técnicas têm aumentado e permitido a otimização dos processos com benefícios claros para os criadores. Atualmente, todos os testes genéticos podem ser realizados com qualquer tipo de amostra biológica e não unicamente com sangue fresco. Os pelos das crinas são a amostra mais utilizada atualmente, com enormes vantagens para os criadores e para aos técnicos responsáveis pela colheita e envio dos dados. A utilização de pelos permite igualmente guardar as amostras por tempo indeterminado para, caso necessário, se realizar novas análises.

A genética animal tem, há algum tempo, complementado um esforço antigo de seleção e apuramento de raças. O conhecimento empírico acumulado ao longo de gerações tem ganhado um forte aliado científico que tem procurado diminuir o grau de incerteza e imprevisibilidade associado a muitas atividades pecuárias. Tanto ao nível do conhecimento como ao nível das técnicas, os avanços têm sido grandes e têm-se traduzido em oportunidades concretas para os criadores que têm sido os principais beneficiados.

Fonte: Cavalo Net

Adaptação: Escola do Cavalo

 

 

 

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