A criação de equinos vem se modificando e se aperfeiçoando com o passar dos anos. Setores como a nutrição, estruturas e instalações, manejo sanitário e nutricional, bem-estar, genética e reprodução crescem e se desenvolvem de maneira significativa. Tudo isso objetivando atingir níveis elevados de mais eficiência e aumento dos ganhos econômicos. Atualmente, a reprodução equina tem sido uma via de lucratividade para criadores, quando realizada da maneira correta. Nesse cenário, o sêmen equino representa parte importante do processo.
Parte claramente fundamental do processo reprodutivo, o sêmen equino é responsável por carregar parte da qualidade genética do futuro produto. Até por isso esse material tem, dentro do manejo reprodutivo, rotinas específicas de coleta, manuseio, armazenamento e transporte para que sua qualidade seja mantida.
Por isso, conhecer as diferentes formas de armazenar o sêmen equino auxilia o veterinário responsável a entender melhor quais biotécnicas podem ser adotadas, e quais se adequam melhor ao tipo de armazenamento e conservação do material. Neste artigo você vai conhecer as diferenças entre o sêmen equino fresco, resfriado e congelado dentro das rotinas de reprodução equina. Confira!
Diferenças entre o sêmen equino fresco, resfriado e congelado
Com todo esse crescimento, na reprodução equina a inseminação artificial associada a outras técnicas de reprodução, permite melhorias significativas na qualidade dos animais. Por isso, antes de abordamos a questão do sêmen equino, é importante entender quais as vantagens de usar essas biotécnicas na reprodução equina. As vantagens da inseminação artificial em equinos são:
- Aumento do número de descendentes do reprodutor;
- Cruzamentos que modificam as características genéticas;
- Aceleramento da introdução de novos processos genéticos;
- Aproveitamento do período fértil da fêmea;
- Previsão e controle do momento do parto;
- Redução do índice de doenças sexualmente transmissíveis.
Dessa forma, o sêmen utilizado na técnica de inseminação artificial pode ser de três formas: fresco, resfriado ou congelado, existindo vantagens e desvantagens para cada método. Cabe ao profissional responsável decidir qual a melhor forma de se aplicar, considerando toda a rotina reprodutiva e o resultado desejado.
Sêmen equino fresco
Na inseminação artificial a utilização do sêmen equino fresco é simples, oferecendo as melhores taxas de gestação, quando aplicada corretamente. As vias de inseminação podem ser variadas, sendo a principal a intravaginal. Nesse procedimento, uma das opções para líquido diluente é o líquido prostático. Se o material não for suficiente uma segunda amostra pode ser coletada, já que o volume do ejaculado varia, dependendo muitas vezes do tipo de coleta. Existem métodos diversos para realizar a coleta de sêmen equino, alguns exemplos são: eletroejaculação, manipulação digital ou vagina artificial.
Sêmen equino resfriado
Quando falamos do sêmen equino resfriado, pensamos em manter a qualidade do material por um curto período de tempo. Desse modo, ele pode ser armazenado por um período de quatro a nove dias, mantendo o número de espermatozóides viáveis por maior tempo, do que o sêmen fresco. Contudo, a viabilidade espermática começa a diminuir após 72 horas de armazenamento, independentemente do diluente utilizado. Dessa forma o resfriamento é utilizado para utilização em processos que requerem um transporte de curtas distâncias. Apenas para que o produto se mantenha viável e com a qualidade reprodutiva e genética garantida.
Sêmen equino congelado
Já o sêmen equino congelado possui maior flexibilidade quanto ao uso, podendo ser transportado em maiores distâncias estando a uma temperatura de -196ºC. Porém, as mudanças na estrutura do produto são drásticas pós-descongelamento. A diminuição da viabilidade espermática deve-se ao grande estresse térmico, mecânico, químico e osmótico. Para que ele apresente capacidade fértil considerável quando aquecido novamente, é essencial o uso de um bom diluente. Este precisa conter nutrientes que sirvam como fornecedores de energia e agentes tamponantes, além da concentração de eletrólitos dentro dos padrões fisiológicos. Também é necessária a adição de agentes crioprotetores, que promovem uma proteção celular contra o congelamento.
Dessa forma a escolha de qual estado do sêmen equino utilizar cabe ao profissional responsável pela aplicação. Isso porque é importante considerar o processo de coleta, e todas as técnicas de reprodução equina que serão aplicadas durante o processo de utilização desse sêmen.
Por fim, fica claro que essa escolha precisa estar muito bem embasada para que o sucesso seja garantido e a taxa de prenhez obtida seja a desejada. Afinal a viabilidade econômica desse processo depende, diretamente, do processo realizado por esse profissional.
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Fontes: Revista Veterinária e CPT Cursos Presenciais