A síndrome de cushing é uma doença que ataca o sistema endócrino dos equinos, doença hormonal, que causa muitos problemas chegando a ser crônicos, como a obesidade e a laminite (inflamação do casco). Pode ocorrer em todas as raças, mas ataca principalmente os cavalos-pôneis. A síndrome acontece com mais frequência em animais com 18 e 23 anos e nas fêmeas de até 7 anos de idade. Não se conhece ao certo a verdadeira causa da doença, mas há uma suspeita de que seja hereditária.
Os primeiros sintomas da doença são mudanças nos pelos dos equinos que começam a ficar mais longos e crespos, principalmente na área do pescoço e joelhos. Podem ocorrer sonolência e perda de peso. Luiz Eduardo Ristow, médico-veterinário patologista, diretor-técnico do Tecsa Laboratórios, afirma que com o passar do tempo os cavalos vão perdendo massa muscular e aumentando a deposição de gordura, o que leva à obesidade no estágio crônico da síndrome. Outro grave problema gerado pela síndrome de cushing que ocorre em 50% dos animais com esta anormalidade é a laminite, que é uma inflamação no casco, muito conhecida pelos criadores de cavalo.
Segundo Ristow, a doença não é infecciosa ou infectocontagiosa, e ainda é desconhecido o que leva ao acometimento dela. A síndrome de cushing pode estar envolvida com as linhagens dos animais. O que o produtor pode fazer é um acompanhamento dos animais, monitorando e tendo ajuda de um médico veterinário, fazendo um hemograma e o exame de AIE. A doença têm como características a obesidade, pelagem rala ou perda de pelo, mudança no apetite, hipersurtismo e laminite. Mais de 50% dos animais apresentam casos de laminite.
A recomendação é para que o produtor procure um médico-veterinário assim que desconfiar da síndrome de cushing, este acompanhamento do veterinário é fundamental. O ideal é que os animais sejam monitorados com frequência e sempre façam testes médicos. Segundo Ristow, um exame específico dos hormônios pode detectar se o cavalo possui a síndrome de cushing. Ele diz que não há como indicar uma forma geral de tratamento porque um médico não pode receitar nada sem analisar de perto cada animal.
Autora: Juliana Royo
Fonte: Dia de campo
Adaptação: Escola do Cavalo
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