Com a aparição de novas técnicas para manuseio das éguas, são necessários novos cuidados também, como um controle cada vez mais criterioso de seus ciclos estrais. A probabilidade de sucesso em uma inseminação artificial depende quase que completamente do conhecimento exato do organismo do animal, podendo, a partir deste, determinar o momento correto para realização do procedimento. Outro fator pelo qual também se faz necessário o monitoramento do ciclo reprodutivo das éguas é o de ter pouca disponibilidade de sêmen congelado adequado de garanhões, logo, quanto menor o número de inseminações necessárias para emprenhar a égua melhor.
O estro nas éguas é marcado por um período de receptividade sexual bem característico, mas em algumas éguas só é perceptível através do acompanhamento folicular "per rectun", uma vez que as manifestações psíquicas não são demonstradas. No caso de éguas também pode ser observado um padrão de desenvolvimento folicular menos definido que em vacas, e este pode determinar não só uma longa duração, como também uma elevada incidência de ovulações múltiplas.
Geralmente as ovulações ocorrem em um período de 24 a 48 horas antes do final do estro, dificultando um pouco a determinação do momento exato para ser realizada a inseminação. É importante levar em consideração que estamos lidando com organismos vivos, ou seja, as regras são gerais, não excluindo a possibilidade de variação em alguns animais.
No estro a taxa de estrógeno está notavelmente elevada, hormônio que provoca as alterações características dessa fase, servindo também de indicador para o profissional. A duração do ciclo estral pode variar de 19 a 25 dias, com uma ou duas ondas de crescimento folicular, e a duração do cio é em torno de 4 a 8 dias.
No geral, as éguas são animais sazonais, ciclando apenas em estações do ano em que o fotoperíodo é maior, porém, segundo Hafez e Hafez (2004), o ciclo reprodutivo equino está sujeito a uma maior variabilidade entre os animais domésticos, pois algumas éguas podem ser poliéstricas, podendo ficar prenhes o ano todo, principalmente aqueles animais que vivem próximo à linha do Equador e não sofrem com o efeito do foto período.
Fonte: Revista USP
Adaptação: Escola do Cavalo
Conheça o Curso de Transferência de Embriões em Equinos
Veja outras publicações da Escola do Cavalo: Você sabe o que é Trypanosoma Evansi em equinos? Conheça mais sobre os cavalos pantaneiros Saiba como escolher a raça de cavalo ideal para você
Filtro Coletor para TE WTA
Por: R$ 15,90