O período de maior incidência de doenças entre equinos coincide com o período que garante fonte adicional de renda a criadores e proprietários, entre os meses de Outubro e Março, conhecido como estação de monta. Nesse intervalo é comum a entrada e saída constante de garanhões, éguas e potros nas fazendas de criação e haras, transmitindo doenças infectocontagiosa de um animal a outro através do contato.
A doença conhecida popularmente como "Aborto Equino a Vírus" é a Rinopneumonite Equina, causada por um vírus da família "HERPESVIRUS" do tipo 1, cada vez mais comum em diversas regiões brasileiras, causando perdas econômicas dentro de uma criação de equinos.
Os sinais clínicos mais comuns são surto de gripe entre os poldros, ocorrendo forte elevação de temperatura durando de dois a cinco dias, secreção nasal e ocular, além de congestão das mucosas. O aumento das ínguas ou gânglios, responsáveis pela defesa contra várias doenças é comum e preocupante, deixando o animal susceptível a outras enfermidades.
A transmissão ocorre com maior incidência entre animais do plantel, pela ingestão ou inalação do vírus que é eliminado pelas secreções nasais ou oculares e durante um acesso de tosse, podendo também ser encontrado nos restos de placenta e envoltórios fetais. A transmissão por via genital durante o coito é menos comum, mas possível.
O aborto que por definição é a expulsão do feto de dentro do útero da mãe, ocorre entre o primeiro e quarto meses após a contaminação da fêmea pelo vírus. No caso de contaminação da mãe em estágios mais avançados da gestação, o feto pode vir a nascer, mas em geral são fracos, vindo a morrer em poucos dias.
O controle na entrada dos animais nas fazendas, haras e criatórios é a principal medida de prevenção, separando animais aparentemente doentes, que venham a ter sintomas da doença, além dos mal nutridos.
Outra medida de profilaxia simples e eficiente é a vacinação dos equinos, bastando encaminhar amostras de sangue a laboratórios confiáveis para o exame de anticorpos ANTI-EHV1, antes da vacinação e quinze dias após a primeira vacinação. Após administrar a vacina, os níveis de anticorpos anti EHV-1 devem estar elevados e se ocorrer o inverso, a vacinação não possuiu efeito esperado.
A utilização de inseminação artificial como forma de diminuir os riscos de infecção em garanhões e fêmeas no período de monta tem surtido efeito, caindo consideravelmente as taxas de transmissões e aborto equino.
Fonte: CEPAV
Adaptação: Escola do Cavalo
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