Saiba como a Linhaça pode combater à cólica e laminite nos cavalos

A linhaça, já é conhecida por trazer inúmeros benefícios para a saúde humana, e já vem ganhando espaço na alimentação de animais. Vários criatórios de cavalos do Brasil têm se rendido ao produto, capaz de reduzir em demasia os índices de cólica e laminite na tropa, além de proporcionar uma melhoria considerável nos aspectos de pêlo e crinas. Já que a linhaça tem como característica predominante o fato de possuir uma semente muito rica em gordura vegetal. A quantidade é superior a todos os vegetais e comparável apenas a alguns peixes de água gelada como o salmão. Vale ressaltar que a linhaça tem 38% de gordura vegetal, enquanto a aveia 4,7% e o milho 3,9%.

A linhaça vem sendo administrada para os animais na forma de farinha integral ou óleo prensado a frio, o que significa com raras exceções que o processo industrial possa ser denominado justa e seguramente como beneficiamento, já que mantém intactas suas qualidades nutricionais. O ideal é que ambos, tanto na forma líquida como sólida, sejam fornecidos em pequenas doses misturados à ração, cada um na sua devida proporção.

Apesar de não existirem estatísticas a respeito, a cólica pode ser considerada como umas das principais causas de óbitos dos cavalos e a laminite a maior abreviadora de carreiras atléticas entre os eqüinos. O principal gatilho dessas doenças tão perigosas está na pressão alimentar a que são submetidos os cavalos atletas ou de exposição. O excessivo aporte alimentar para manter os animais superalimentados, com o objetivo de darem o máximo de si nas suas categorias esportivas ou nos julgamentos das exposições, pode comprometer a capacidade digestiva deles. E é aí que entra a farinha de linhaça integral e o óleo de linhaça.
De acordo com Gustavo Braune, médico veterinário especializado em cavalos, acupunturista, professor e estudioso brasileiro de alimentação eqüina, a utilização da linhaça na alimentação de eqüinos implicaria na redução da quantidade de concentrado ao cavalo, o que, segundo ele, é altamente favorável para quem tem estômago pequeno e para quem é atleta 24 horas por dia. “Isto evita a ocorrência da pior e mais freqüente doença dos cavalos – as cólicas gastrointestinais”.

A linhaça pode se configurar num “santo remédio” para quem precisa trabalhar, a curto prazo, animais que estão em regime de pasto para participarem, por exemplo, de leilões. Por mais que eles estejam gozando de plena saúde, nunca estão prontos para a festa. Falta um pouco de carne ou uma musculatura mais definida. Crinas, cauda e cascos normalmente não apresentam o viço necessário.

Se um animal precisa em média de três meses na baia com trato especial para chegar lá, Braune garante que com a linhaça em farinha mais o óleo é possível abreviar este tempo de recuperação do animal para 45 dias. Afirmou ainda, que é possível reduzir esse custo à metade. “E o mais importante, ele chega com seguro saúde, pois quem tem pouco tempo, mas adotou a linhaça não tem cólica ou aguamento”, garantiu.

Na alimentação do gado, Conceição Trucom relata em seu livro que “por suas propriedades diuréticas, o farelo (de linhaça) costuma ser direcionado também para a alimentação do gado leiteiro, objetivando o aumento da produção de leite. Outro aspecto interessante é que o gado tratado com o farelo produz uma manteiga de melhor qualidade, de textura mais macia e cremosa, além de mais saborosa.”

A linhaça é originária do Oriente Médio, mas cultivada em diversos países de clima temperado da Europa e da América. No Brasil é encontrada no Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Mundo dos Cavalos

Adaptação: Escola do Cavalo

 

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