Apesar de ser pouco comum, a raiva em equinos é um grave problema causado pela ação do vírus Lyssavirus no sistema nervoso central e pode levar o animal à morte. Os responsáveis pelo cavalo junto ao médico veterinário devem observar os sinais clínicos que indicam alterações no comportamento e agir prontamente.
Cabe destacar que se trata de uma zoonose que atinge os mamíferos, logo, a raiva pode infectar as pessoas. Por isso, todas as ações devem ser cuidadosas e rápidas, pois os animais contaminados podem transmitir por meio de mordeduras e lambeduras.
Continue a leitura deste artigo para saber as causas da doença, formas de contrair, sinais clínicos e medidas preventivas. Conheça os métodos de diagnóstico, possíveis complicações do quadro e os métodos de tratamento.
Causas e formas de contrair raiva em equinos
A transmissão do vírus é causada pela mordida de animais que se alimentam de sangue – hematófagos – ou não, podendo ser gambás, morcegos, raposas, etc. Outra forma de contágio é com o contato da saliva de animais infectados em cortes ou mucosas.
A raiva em equinos pode desenvolver um quadro sem sinais evidentes ou com rápida evolução. Os sinais clínicos podem surgir depois de duas semanas, visto que o vírus continua se replicando pelos nervos próximos ao local da mordida e segue até o cérebro.
Sinais clínicos da raiva em equinos
O atendimento médico é vital para salvar o animal, pois, após cinco dias de manifestação clínica de sinais, o cavalo pode morrer. Destacam-se:
- alteração comportamental;
- dificuldade para urinar com possível presença de dor;
- diminuição da fome;
- claudicação;
- mudanças neurológicas;
- paralisia e falta de coordenação;
- o cavalo pode pressionar a cabeça;
- presença de ereção constante sem atividade sexual.
Tratamentos e diagnósticos
Não há formas específicas para tratar a doença. Quando constatada, o cavalo precisa ser isolado para evitar contato com outros mamíferos e ocasionar outras contaminações. Somente a análise veterinária pode atestar a raiva em equinos e identificar os sinais clínicos precocemente.
O diagnóstico também é complicado. O médico veterinário deve diferenciar as perturbações do paciente de outras doenças virais. Deve-se proceder com exames laboratoriais de hemaglutinação, radioimunoensaio, coloração do anticorpo fluorescente indireto e fixação de complemento.
Por outro lado, a vacinação anual é de extrema importância para prevenir o desenvolvimento da patologia em animais sadios. O manejo sanitário envolve a aplicação da primeira dose no potro com 3 ou 4 meses de vida. A próxima dose é com um ano, seguido pelo reforço anual ao longo da vida. Vale destacar que a vacina antirrábica, assim como as demais, precisam ser aplicadas com rigor e atenção, observando a validade do produto, formas de conservação elocais de aplicação no animal. Assim, a imunização garante eficácia contra o desenvolvimento de doenças e não geram complicações para a saúde.
Atenção!
Ter contato com animais doentes exige cuidados para manter a segurança e não se contaminar. Em casos de contatos com cavalos em situações como as apresentadas, busque atendimento médico para exames, observação e profilaxia pós-exposição ao vírus.
Identificar sinais de desordens que evidenciam raiva em equinos é fundamental na tomada rápida de decisão. Perceber indícios que apontam doenças em cavalos e saber agir é essencial para salvar a vida do animal. Para isso, o Curso de Primeiros Socorros em Equinos traz aulas práticas para você aperfeiçoar seus conhecimentos e aprender identificar sinais de desordens, bem como a necessidade da vacinação.
Fontes: Rodeowest; Cavalus; Ouro Fino Saúde Animal; Scielo; Fael.