Puro Sangue Lusitano se distingue pela qualidade genética

Os cavalos da raça puro sangue lusitano têm porte médio, cabeça convexilínea e aptidão para diversas modalidades de esportes e se diferenciam pela qualidade genética. É uma raça imponente, que esbanja beleza, docilidade e versatilidade.

A maior criação da raça do mundo fica no interior de São Paulo na fazenda Interagro, em Itapira. O pai de Cecília Gonzaga, meados da década de 70, adquiriu a propriedade e substituiu as produções de café, macadâmia e gado leiteiro para criação exclusiva da raça.

A criadora Cecília Gonzaga revela “lusitanos foi uma paixão, uma doença contagiosa sem cura, quanto mais você tem contato mais você quer. A criação foi crescendo e hoje são 150 éguas na reprodução e a gente não tem mais nada de cultura a não ser o feno pra alimentação deles”.

Conhecido como umas das raças mais antigas do mundo o puro sangue tem origem em Portugal e é conhecida como o cavalo de sela mais antigo do mundo. Registros contam que os primeiros lusitanos foram introduzidos no Brasil pelos colonizadores portugueses por volta de 1540. Outro registro da raça foi em 1808, quando foram trazidos pela Família Real. Mais recentemente, em 1972, dois criadores entusiastas da raça importaram animais da Coudelaria Nacional de Portugal, expandindo a raça no Brasil.

No Brasil atualmente existem 352 criadores a maioria no Estado de São Paulo, mas a raça também marca presença no Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. A raça apresenta pequeno número de animais registrados no país, com cerca de 13,5 mil exemplares.

O veterinário Alexander Bloem afirma que o puro sangue é uma raça que poucos criam, mas criam bem. “Não se priorizam números, mas sim a qualidade dos animais. O importante é criar focando em um objetivo e não só no número, mantendo as linhagens básicas, pedigree, tipicidade da raça”.

Na Fazenda Interagro existem três modalidades esportivas: o adestramento, em que os cavalos obedecem à sequência em andaduras; a equitação de trabalho, onde obstáculos simulam um dia de campo; e a atrelagem. Além dessas, os cavalos lusitanos participam de vários outros esportes.

Segundo a gerente de picadeiro e treinadora Martina Brandes “tem cavalo participando do salto, para passeio, cavalgadas, e também participam de caçadas. É proibido no Brasil, mas eles exportam e é muito divertido”.

Fonte: Pecuária Rural BR

Adaptação: Escola do Cavalo

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