Potros são animais frágeis após o nascimento. Infelizmente as altas taxas de mortalidade logo na primeira semana de vida, especialmente nas primeiras 48h pós-parto, são comuns. Por esta razão, cabe ao médico veterinário, tratadores ou proprietários identificar quais são os potros de risco.
Categorizar um animal como de risco tem como objetivo auxiliar na preparação para lidar com o neonato, antecipando a detecção de problemas. Os riscos podem ainda ser classificados em baixo, médio ou alto, no qual cada um apresenta suas particularidades.
Saiba identificar potros de risco e classificá-los de acordo com cada problema durante a leitura do artigo abaixo!
O que caracteriza um potro de risco?
O manejo cuidadoso com éguas e potros é fundamental para garantir o êxito na reprodução equina. Como previamente citado, a inclusão na categoria de risco permite identificar precocemente potros que podem precisar de mais atenção.
No caso destes animais, não só problemas relacionados exclusivamente a eles podem ser perigosos. Outros fatores também determinam o potencial de risco associado ao neonato.
Problemas maternos podem influenciar na saúde do potro, principalmente enfermidades ou febre durante a gestação e a utilização de medicamentos, tais como para sedação, anestésicos e anti-inflamatórios não esteroidais. A lactação prematura, cólica, estado nutricional ruim e a presença de secreção na vagina também são fatores que podem afetar o recém-nascido.
Além disso, alguns fatores associados à placenta e ao parto devem se enquadrar como relevantes ao caracterizar um potro de risco. Como exemplos, merecem destaque a placentite, a vasculite, a distocia, o parto prematuro ou induzido, a ruptura precoce do cordão umbilical e as contrações uterinas prolongadas, ou seja, aquelas com tempo de expulsão superior a 30 minutos.
A melhor forma de saber quais serão as necessidades do animal após o nascimento é classificando-o dentre os três principais níveis de risco.
Potro de baixo risco
São considerados de baixo risco aqueles que se levantaram em até uma 1h após o nascimento, mamou após 2h, não apresenta nenhum fator de risco materno, gestacional, ambiental ou relacionado a ele mesmo.
Potro de médio risco
Fazem parte do risco médio aqueles que apresentam pelo menos um fator de risco.
Potro de alto risco
Entram nessa categoria aqueles que apresentam mais de um fator de risco dentro da classificação.
Quais cuidados devem ser tomados com esse animal?
O rápido diagnóstico de um potro de risco é fundamental, visto que os cuidados intensivos e precoces aumentam suas chances de sobrevivência. Pensando nisso, algumas dicas são essenciais para manter a primeira fase da vida do cavalo saudável.
Cerca de 28% das éguas não produzem um colostro, primeiro leite da égua, de qualidade. O primeiro leite é o mais rico em células de defesa e não tê-lo é um risco ao potro. Para evitar que isso aconteça, a fêmea precisa receber um manejo nutricional adequado ao longo da gestação.
A limpeza e a temperatura adequada das instalações onde o animal nasce também são fundamentais, afinal fatores ambientais podem influenciar para um potro entrar na categoria de risco. Por fim, deve-se sempre realizar exame físico para checar os parâmetros vitais do recém-nascido. Porém, somente isso não é suficiente para averiguar a saúde do animal, sendo necessária uma observação rigorosa do comportamento do neonato nas suas primeiras horas de vida.
Mesmo com todos os cuidados, situações emergenciais ainda são passíveis de acontecer. Nesse momento, tomar a decisão correta e reconhecer os primeiros sinais de uma complicação é de suma importância.
Aprenda de forma prática todas as emergências relacionadas ao cavalo, desde potros até garanhões, com o Curso de Primeiros Socorros em Equinos! Saiba mais!
Fontes: Organnact, Cavalus, Criação de Cavalos.