Muito comum nos atendimentos odontológicos, as pontas excessivas do esmalte dentário em equinos (PEED) são problemas causados em decorrência das alterações no manejo alimentar por conta da domesticação animal. Atingindo cavalos com até nove anos, a incidência de casos envolve o acréscimo de alimentos concentrados e baixa disponibilidade de forragem, o que provocou a mudança da mastigação para uma forma verticalizada.
Desse modo, a oclusão dentária dos pré-molares e molares tem a angulação comprometida e, consequentemente, a mastigação não ocorre da forma correta como deveria ser.
Entenda os principais fatores de ocorrência das pontas excessivas do esmalte dentário em equinos e quais são os tratamentos necessários para recuperar o bem-estar animal. Fique atento porque muitos problemas gastrointestinais graves, como a cólica equina, começam por problemas na mastigação.
Causas do problema
As pontas excessivas do esmalte dentário em equinos é uma desordem, muitas vezes, esquecida por tratadores e responsáveis pelos animais. Isso se deve pela não observação do desenvolvimento das pontas e, consequentemente, a evolução do caso. Outros problemas podem estar associados como ganchos, desnivelamento e bicos.
Com o oferecimento de maiores quantidades de alimentação concentrada na dieta animal, ou seja, com baixa quantidade de água e fibras, mas com alto valor enérgico, o tempo de mastigação e deglutição reduzem, visto que os animais começam a ter má oclusão dentária e mastigação vertical, o que provoca mudanças na abrasão do esmalte.
Logo, com a falta de mastigação correta em virtude das pontas excessivas do esmalte dentário em equinos, o cavalo não tritura o alimento em pequenas porções de modo que absorva corretamente os nutrientes, assim como a digestão torna-se comprometida.
Tratamentos recomendados para pontas excessivas do esmalte dentário em equinos
O médico veterinário precisa realizar a anamnese do paciente. A conversa com o responsável é fundamental para saber se o cavalo teve alterações comportamentais e físicas. Entre as principais características comuns para o problema dentário, destacam-se:
- o animal fica arredio durante as atividades;
- hipersalivação;
- complicações com a mastigação dos alimentos;
- diminuição do peso corporal e baixo escore;
- machucados na cavidade oral;
- dores;
- desconfortos;
- modificação biomecânica da mastigação;
- até casos de problemas gastrointestinais associados à má digestão.
Após a observação dos sinais clínicos, o profissional deve fazer a avaliação da dentição. Importante destacar que há casos em que os equinos não apresentam tantos sinais como os que foram elencados. Por isso, a avaliação odontológica periódica é essencial para tratar problemas ainda no início do quadro.
O tratamento das pontas excessivas do esmalte dentário em equinos é realizado com o desgaste dessas estruturas. Para tanto, deve-se conter o cavalo e usar medicação adequada para o procedimento.
Contudo, as pontas dentárias devem continuar, porque são necessárias na eficiência biomecânica da trituração dos alimentos. Somente os excessos devem ser aparados. Assim, a nivelação e o ajuste serão feitos conforme o caso do paciente.
De fato, a saúde começa pela boca. Não manter os cuidados com a dentição equina é sinônimo de problemas. Por isso, o médico veterinário deve estar capacitado e apto para o atendimento, visto que as formas de tratamento a serem implementadas devem se adequar a cada caso com o propósito de garantir a melhora animal.
Agora que você já sabe quais são as ocorrências das pontas excessivas do esmalte dentário em equinos, invista em capacitação profissional. Com o Curso de Odontologia Equina, as aulas práticas possibilitam examinar, diagnosticar e tratar as doenças dentárias nos cavalos.
Fontes: Revista Veterinária; Cirurgia de Grandes Animais; Scielo; Odontologia Equina Online; Conhecer.