Parasitas de equinos, sejam eles internos ou externos, tem se tornado um problema cada vez mais comum nas criações. Assim, cada vez mais proprietários e criadores buscam nos veterinários alternativas de diagnóstico e tratamentos para controlar esse mal e evitar complicações na saúde dos cavalos. Isso se dá porque, inegavelmente, os parasitas trazem sérios prejuízos econômicos aos produtores. As doenças que são transmitidas através das picadas afetam de forma rápida o desempenho e compromete a saúde do animal. Mas, além disso, a presença deles no organismo pode, por si só, deixar o animal gravemente enfermo.
Assim, entender como ocorre a contaminação dos equinos é importante. Por estarem presentes muitas vezes no mesmo ambiente que os parasitas, os cavalos podem ser acometidos facilmente, se não tomadas às medidas de manejo e controle, para que não ocorra a contaminação.
Neste artigo, você vai conhecer mais sobre parasitas de equinos, seus tipos, os danos que causam e técnicas de controle, diagnóstico e tratamento. Confira!
Principais parasitas de equinos
Antes de entender como controlar e combater os parasitas de equinos, é preciso compreender o que eles são. Primeiramente, parasitas são organismos cujo ciclo de vida se passa, em parte ou integralmente, dentro de outro de modo equilibrado, ou não. Assim, como os humanos, cavalos também possuem parasitas em sistema que são benéficos e contribuem para o bom funcionamento do organismo do animal.
Quando o volume desses organismos é maior do que o aceitável pelo sistema do animal, este precisa ser combatido para evitar danos maiores à saúde dos equinos. Assim, entender os principais tipos de parasitas que podem afetar o animal é o primeiro passo no controle de parasitoses.
Primeiramente, os parasitas se diferenciam pela maneira como se fazer presentes no corpo do animal:
- Parasitas Externos: os carrapatos são os parasitas externos mais conhecidos, sendo que além de sugarem o sangue do animal, diminuem sua produtividade e trazem outras doenças, como a babesiose;
- Parasitas internos: estes parasitas são, principalmente, vermes e protozoários presentes no corpo do animal e que se desenvolvem podendo trazer sérios problemas aos cavalos.
Contudo, dentro dos parasitas internos, ainda temos dois tipos distintos:
- Nematóides: são os vermes de formato redondo que habitam o sistema gastrointestinal dos cavalos e éguas. Em seu ciclo, eles se desenvolvem em adultos dentro dos cavalos e botam ovos que são eliminados pelas fezes do animal contaminado. Quando esses ovos encontram ambiente favorável, eclodem para larvas que por sua vez infectam outros animais;
- Cestóides: conhecidos também como vermes chatos, eles possuem desenvolvimento indireto. Isso quer dizer que eles precisam de hospedeiro intermediário no seu ciclo de vida. Assim, vermes adultos no intestino dos equinos, por exemplo, liberam proglotes grávidas cheias de ovos nas fezes, que uma vez nas pastagens são ingeridas por hospedeiros finais e se desenvolvem em larvas cisticercóides. O cavalo se infecta através da ingestão dos hospedeiros intermediários juntamente com o pasto. Após a ingestão, as larvas são liberadas no intestino se transformando em vermes adultos.
Danos causados por parasitas de equinos
Para entender o quanto parasitas de equinos representam um problema, além de saber identificá-los, é preciso conhecer os males que causam. Dessa forma, a importância de realizar o controle, diagnóstico e tratamento com o manejo adequado se torna ainda mais evidente.
Assim, a falta de prevenção e tratamento adequado dessas parasitoses causam múltiplos danos, como por exemplo:
- Obstrução intestinal;
- Perda de apetite;
- Reações alérgicas;
- Perda de sangue;
- Anorexia;
Além desses danos, as parasitoses podem se desenvolver e agravar o quadro de saúde do animal. Assim, doenças e males derivativos agrega ao problema e comprometem ainda mais a integridade dos cavalos. Entre esses, os principais são desenvolvimento de bebiose, em casos de carrapatos, desenvolvimento de obstruções do canal intestinal, desenvolvimento de cólica, retardos de crescimento, danos pulmonares, debilidade crônica e predisposição às mais diversas infecções.
Diagnóstico e tratamento de parasitoses equinas
Para diagnosticar com precisão a presença de parasitas de equinos, a realização do exame coproparasitológico é essencial. Primeiramente, porque será ele que irá determinar o grau de infestação, bem como o tipo de infestação presente no corpo do animal. Somente de posse dessas informações é possível prosseguir com qualquer tipo de tratamento.
Vale sempre ressaltar que tanto os exames, como o tratamento a ser administrado, serão determinados pelo médico veterinário responsável. Somente mediante atendimento e constatação da presença dos parasitas é que qualquer tratamento deve ser iniciado. Como alguns sintomas são similares a outras enfermidades, o diagnóstico do médico veterinário é peça chave para que o tratamento seja o correto e o animal recupere a saúde sem sequelas.
Técnicas de controle e prevenção de parasitas de equinos
Para conseguir controlar a presença de parasitas de equinos, o manejo é fundamental. Os procedimentos de manejo sanitário e nutricional são essenciais para prevenir parasitas pois tratam tanto de manter a saúde e o bem-estar do animal, quanto da higienização, manutenção e limpeza das estruturas que o cercam.
Assim, procedimentos de manejo correto dos carrapaticidas, não só no cavalo, por exemplo, são fundamentais para o controle desses parasitas externos. Semelhantemente, o controle sanitário do ambiente e do rebanho, juntamente com os cuidados com o pasto, dificulta a proliferação de larvas e vermes (parasitas internos). É importante lembrar que a alimentação adequada e outras condições associadas ao bem-estar animal darão imunidade diante desse problema e outras enfermidades.
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Fonte: Saúde Animal e Virbac