A paracentese em equinos consiste em uma técnica que oferece parâmetros para punção de líquido peritoneal. Por meio dela, é possível investigar patologias e o grau clínico do problema que acomete o paciente, principalmente para diagnóstico da síndrome do abdômen agudo, também chamada cólica equina.
Outra importância é para estabelecimento do tratamento ideal para o problema. Para o prognóstico, o procedimento auxilia na análise da evolução do cavalo. Mas você sabe como e quando deve ser feita a paracentese em equinos? Neste texto, explicamos a importância do procedimento.
Como fazer a paracentese em equinos?
A punção do líquido peritoneal pode ser feita por meio de duas técnicas:
- cateter
- cânula de teto
Com uso do cateter na paracentese em equinos, o profissional deve introduzi-lo na região anterior ao apêndice tifoide na linha média. Em geral, o local a ser punçado fica a uma mão-travessa de distância. Usa-se o calibre de 16 ou 18 mm para coleta. A cânula de teto é outra alternativa para punção de líquido peritoneal. Ela deve ser esterilizada em solução antisséptica.
Lembre-se que a assepsia é primordial na condução do processo. Logo, os equipamentos usados devem ser esterilizados juntamente às luvas cirúrgicas e materiais de rotina. A raspagem dos pelos da região é uma medida importante para a intervenção higiênica.
A paracentese em equinos é uma prática empregada, sobretudo, nos atendimentos de emergência em que o animal apresenta alto grau de sinais clínicos que representam a evolução de doenças gastrointestinais. Trata-se de um meio auxiliar ao diagnóstico e nunca definitivo. Por isso, deve ser feito junto a mais procedimentos de praxe, como ecografia, anamnese, entre outros.
Quando fazer?
A punção do líquido peritoneal é segura e fácil de fazer durante a consulta e na rotina do campo. Por não oferecer riscos para a saúde, a parecentese em equinos não interfere na evolução do quadro e nem traz outras consequências.
A indicação do procedimento é para casos emergenciais e diagnóstico de distúrbios do sistema gastrointestinal. Feita a coleta por punção de líquido peritoneal, este será analisado de duas maneiras.
Primeiro, cores, densidade e turbidez do líquido são observadas pelo profissional. Juntam-se a outros equipamentos usados na rotina de campo como o refratômetro, de avaliação das proteínas plasmáticas, e lactômetro, cuja função é medir o lactato. A análise laboratorial pode indicar a presença de microorganismo no líquido e, assim, atestar o desenvolvimento de peritonite séptica ou asséptica.
Desse modo, consegue-se saber o estado de saúde do paciente, além de possibilitar averiguar a necessidade de intervenção cirúrgica no tratamento. Uso de analgésicos, sedativos, reposição de fluidos eletrolíticos ou administração de laxantes são executadas conforme o quadro do paciente e avaliação veterinária.
A síndrome do abdômen agudo é um dos casos mais comuns dos atendimentos emergenciais em cavalo. Com o Curso de Cólica Equina, você conhece de forma prática como diagnosticar o problema, os hábitos equinos, a ligação com o manejo nutricional, a anatomia e fisiologia do sistema digestório, os exames clínicos do sistema digestório e muito mais. Venha fazer a capacitação ideal para seu crescimento na equinocultura.