Um problema recorrente no campo é a osteoartrite em equinos, patologia associada à claudicação e com desenvolvimento lento, progressivo e degenerativo. O quadro dos pacientes é identificado pelas dores e inchaços das cartilagens, tecidos e ossos. Diante disso, o desempenho do cavalo nas atividades cotidianas fica prejudicado.
Embora não haja tratamento para curar ou reverter a situação, há medidas importantes que devem ser implementadas. Neste artigo sobre osteoartrite em equinos, entenda as diferenças entre artrite e artrose, quais são os sinais clínicos da patologia, bem como os prejuízos para a saúde animal. Por fim, conheça o diagnóstico e tratamento.
Diferenças entre artrite e artrose
Antes de entender o que é a osteoartrite em equinos, é importante diferenciar o que é a artrite e a artrose. Ambas são enfermidades que atingem o sistema locomotor.
A artrite é caracterizada pelo processo inflamatório. Já a artrose é a degeneração das articulações.
Sinais clínicos
A osteoartrite em equinos apresenta sinais clínicos característicos como:
- estresse físico
- redução do desempenho
- dor
- inchaço
- inflamações
- sinovite
- capsulite
Se o quadro é verificado em estágio grave, há sinais de temperatura acima do normal, aumento da dor, inflamação intensa e volume nas articulações. Claudicação, traumatismos, luxações, casqueamento executado de forma errada são alguns dos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da osteoartrite.
À medida que o cavalo continua se exercitando, a doença vai avançando até que as articulações fiquem comprometidas. Quando os animais participam de competições esportivas e são submetidos a treinos intensos ficam suscetíveis à enfermidade.
Como a osteoartrite em equinos prejudica os animais
Por ser uma doença degenerativa, a progressão interfere cada vez mais na saúde do cavalo. A irreversibilidade prejudica o desempenho no dia a dia. Logo, o diagnóstico em estágios iniciais permite melhores condições para o tratamento.
Diagnóstico e tratamento
O primeiro passo é avaliar o histórico do cavalo para identificar a presença de outras patologias e qual foi a causa inicial da enfermidade. Com o exame laboratorial do líquido sinovial, o profissional consegue classificar a intensidade da osteoartrite em equinos e quais são as consequências para a parte motora. O exame de ultrassonografia possibilita descobrir a extensão do dano em tempo real. As imagens geradas auxiliam na prescrição do tratamento correto.
Mesmo que não exista cura ou recuperação da normalidade da articulação, o profissional tem meios para amenizar os sinais clínicos e trazer conforto para o animal. Entre os tratamentos, podemos citar as infiltrações, uso de medicação anti-inflamatória e mesoterapia. Caso seja viável, a mudança da ferradura e do casqueamento contribuem para diminuição da dor e inflamação. Importante ter repouso para recuperação eficaz.
O escore corporal tem ligação com a osteoartrite em equinos. Animais em estágios de sobrepeso sofrem com o pressionamento das articulações nas patas e nos membros, o que prejudica a locomoção e performance. Por isso, o manejo nutricional deve ser equilibrado conforme as necessidades alimentares.
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Fontes: USP; Royal Horce; Revista Veterinária; Faef; Equisport; UFPB; Arenales.