A Stomoxys calcitrans é uma mosca que pertence à família dos muscídeos, que se distribui mundialmente. Ela é conhecida popularmente pelo nome de Mosca do Estábulo e é responsável pela transmissão de várias doenças aos animais domésticos, podendo ser hospedeira intermediária de nematóides, como a larva de Habronema sp. e, também, o vetor de ovos da Dermatobia hominis.
A morfologia da Stomoxys calcitrans lembra muito a da mosca doméstica, o que diferencia e que ela possui probóscides salientes e projetadas para frente, diferentemente das moscas não picadoras.
Os machos e as fêmeas se nutrem de sangue uma a duas vezes por dia, variando de acordo com a temperatura ambiental.
As fêmeas, durante a ovoposição podem ovipor de 25 a 50 ovos em locais que contenham palha ou feno, principalmente se estes estiverem fermentados ou umedecidos com urina e fezes de animais. As fezes de equinos, bovinos, suínos e ovinos também podem servir para a criação desta mosca. No entanto, este não é o substrato de eleição, a não ser que contenha vegetais misturados à matéria orgânica. Os restos de alimentos dos animais, também é um grande atrativo para esses dípteros realizarem a postura.
Os equinos são os mais afetados com a picada da S. calcitrans que é muito dolorosa. São necessários três minutos para a ingestão do sangue, sendo que frequentemente a alimentação é interrompida, permitindo, deste modo, a transmissão mecânica de microrganismos e protozoários patogênicos. O sinal clínico observado em decorrência da picada é uma lesão característica de uma dermatite, sendo deste modo grande fonte de estresse.
O ciclo completo da S. calcitrans varia de 13 a 18 dias, a uma temperatura ambiente de 24 a 30°C. Já em temperaturas mais baixas, o ciclo pode ocorrer dentro de 3 a 5 meses.
Manter os abrigos dos animais (como estábulos) e pastos limpos, removendo fezes frescas, camadas úmidas de palha, feno e resíduos alimentares reduz a onde esse díptero se prolifera tendo assim um controle. O uso de inseticidas à base de piretróides, organofosforados, na forma de pulverização ao redor dos alojamentos dos animais e das instalações rurais podem também ser utilizados como também o uso de inseticidas aplicados no dorso do animal (pour-on).
Fonte: Info Escola
Autor(a): Débora Carvalho Meldau
Adaptação: Escola do Cavalo
Conheça o Curso de Primeiros Socorros em Equinos
Veja outras publicações da Escola do Cavalo:
Mulher salva cavalo submerso em lama
Equinos são Sacrificados no Piauí
Você conhece a comunicação dos equinos?