Odontologia equina: entenda mais sobre essa importante área

Quem trabalha com equinos já entende que a odontologia equina é muito importante na saúde e no desempenho atlético dos cavalos. Essa área requer um profissional capacitado, já que cobra bons conhecimentos de anatomia, fisiologia, farmacologia e clínica médica do veterinário responsável por exercê-la. Antes de tratarmos do que abrange a odontologia equina, é importante reconhecermos que esta é uma área relativamente nova como especialidade veterinária, no entanto, proprietários, treinadores e veterinários estão cada vez mais valorizando o exame e o tratamento dentário, incluindo-os na sua rotina.

Isso acontece porque a dentição está muito ligada à saúde do animal, principalmente, quando pensamos que os equinos são animais que passam em torno de dezoito horas por dia se alimentando. Assim, a odontologia equina tem grande impacto nos resultados do plantel, por estar ligada diretamente ao bem estar animal. Problemas odontológicos afetam a alimentação e a digestão desses animais, portanto, afetam sua fisiologia e desempenho.

Entre as principais consequências observadas por tratadores e criadores para tais problemas, estão o animal derrubando o alimento da boca, ou comendo muito e não ganhando peso. Isso acontece por problemas de mastigação que pode interferem na capacidade do animal de engolir ou digerir o alimento disponível. Assim, para ilustrar ainda mais a importância da odontologia equina no trato desses animais, vamos te mostrar neste artigo o papel do profissional veterinário nessa área e os problemas mais comuns identificados. Boa leitura!

O profissional de odontologia equina

O ramo da odontologia equina se mostra promissor para o veterinário que deseja fazer dele sua área de atuação. Isso porque, o dentista de equinos é muito importante porque existem diversos problemas que podem estar relacionados com a cavidade oral desses animais. Entre eles podemos listar:

  • Distúrbios gastrointestinais, como cólica, perda de peso;
  • Reação à embocadura;
  • Descarga nasal;
  • Aumentos de volume na face ou na mandíbula;
  • Fístulas faciais;
  • Dificuldade na mastigação;
  • Acúmulo de alimento na boca;
  • Problemas considerados de temperamento ou doma.

Além desses, queda no desempenho atlético e perda da condição física podem estar diretamente relacionados à saúde oral do cavalo. Assim, o responsável pelo tratamento de odontologia equina é essencial na doma, pois o conforto promovido pelo tratamento torna o trabalho do treinador e o aprendizado do potro mais fácil e menos estressante, melhorando o resultado final.

Dessa forma, é importante que os exames orais se iniciem nos potros o quanto antes. Pois, algumas vezes, é possível observar problemas que podem ser resolvidos quando o animal é ainda jovem. Essa ação permite a prevenção de desordens que podem ser determinantes no seu desenvolvimento, assim como em exposições e competições. 

O tratamento periódico, geralmente duas vezes por ano, é essencial para a manutenção da “saúde bucal” dos cavalos. Essa prática é importante pois, as interferências causadas por anormalidades no desgaste dos dentes, podem interferir na saúde, no desempenho, no temperamento e na longevidade do seu cavalo. 

Os problemas mais comuns na odontologia equina

Como já apresentamos, os problemas orais em equinos podem afetar os mais diferentes aspectos da saúde do animal. Pensando nisso, o profissional que deseja ingressar na odontologia equina precisa reconhecer as principais causas de atendimento nessa área. Assim, os problemas mais encontrados nos exames orais são:

Excesso de pontas de esmalte

As pontas de esmalte são pontas dentárias que podem lesionar a via oral do animal. Apesar de presente em todos os cavalos, quando ocorrem em excesso causam feridas na região das bochechas e a língua, causando dificuldade mastigatória e desconforto com o uso de cabeçada e embocadura.

Maloclusão

A maloclusão acontece quando há uma relação anormal entre a arcada superior e inferior, causando deformações com excesso de pontas de esmalte, bicos, ganchos e desnivelamentos. Assim, a maloclusão pode machucar as partes moles da boca, causar problemas nas articulações têmporo-mandibulares, propiciar estresse dental que leva a fraturas, e desconforto do animal durante a mastigação e durante o trabalho.

Dente de lobo

O dente do lobo é um dente vestigial, não apresentando função na mastigação dos equinos. Porém, sua presença pode ferir as bochechas, a língua, e/ou entrar em choque com o bridão, podendo ser extremamente desconfortável. 

Desordens de erupção

As desordens de erupção acontecem ainda com a dentição decídua do animal. Esses dentes sofrem algum tipo de dano e necessitam extração, quando essa não é realizada, o dente decíduo pode causar distúrbios de erupção dos dentes permanentes, doença periodontal e dor.

Fraturas dentárias

Esse tipo de problema é comum nos atendimentos de odontologia equina. As fraturas dentárias podem ser bem pequenas ou podem atingir quase toda a coroa clínica, parte da coroa do dente que se encontra na cavidade oral. Além disso, fraturas com fragmentos deslocados podem acontecer, nesses casos podem causar dor nas bochechas e na língua, promover exposição e eventual contaminação da polpa dentária com conseqüente doença endodôntica e formação de abscesso periapical.

Enfim, a odontologia equina promove melhoras notáveis nos animais nos aspectos físico, atlético e, porque não, psicológico. Por meio desse tipo de atendimento, o médico veterinário é capaz de criar condições para que o cavalo desenvolva todo o seu potencial. Por tudo isso, a odontologia equina está sendo cada vez mais valorizada e procurada por criadores, treinadores e proprietários de cavalos, uma vez que é uma prática que ajuda na longevidade, qualidade de vida, condição física e desempenho atlético dos equinos.

Quer se diferenciar no atendimento veterinário equino? Aprenda ODONTOLOGIA EQUINA na prática!

Fontes: Revista Veterinária e Compre Rural