O uso da ultrassonografia na reprodução equina

A rotina do profissional de Reprodução Equina tem a maior parte do tempo ocupado com o controle folicular e acompanhamento uterino das éguas. Tanto num programa de prenhezes de matrizes, quanto num de Transferência de Embriões, a palpação transretal e ultrassonografia são fundamentais para que o sucesso esperado seja alcançado. A ultrassonografia, além de possibilitar a visualização das estruturas, tem diversas vantagens sobre a palpação transretal isolada. Aplicada ao trato reprodutivo das éguas permite, de forma direta, detectar alterações morfológicas e anatômicas, normais ou patológicas, dos tecidos moles ou órgãos explorados, associadas a eventos fisiológicos.

 O conhecimento das particularidades de alguns sistemas de ultrassonografia e das propriedades dos órgãos e tecidos a serem examinados são pré-requisitos para um exame bem realizado. É importante saber como e porque a imagem é formada e influenciada para poder explorar ao máximo o potencial da técnica. Antes de se iniciar o exame ultrassonográfico é necessária a realização da palpação transretal dos órgãos, com a finalidade da localização e orientação espacial iniciais. Em seguida, o transdutor é introduzido no reto e movimentado de um lado a outro, sobre a genitália interna (ovários e útero), produzindo imagens longitudinais do corpo do útero ou cortes transversais dos cornos uterinos.

Desta forma, de acordo com as características de absorção e reflexão das ondas sonoras pelos tecidos, estes são identificados na imagem ultrassonográfica dentro de uma escala cinza; portanto, na tela os líquidos aparecerão na cor preta (anecóicos), por não refletirem as ondas sonoras e os tecidos densos surgirão na cor branca (hiperecóicos), pois apresentam alta reflexão das ondas sonoras. Já os tecidos de densidade intermediária serão representados na tela nos diversos tons de cinza.

A resolução das imagens geradas por equipamentos de 3,5 MHz, apesar de apresentarem imagens em torno de 12 a 15 cm de profundidade só permitem a visualização de estruturas de 6 a 8 mm e, portanto, a qualidade das imagens geradas é inadequada para a visualização de estruturas menores que 6 mm. Já o equipamento de 5 MHz é suficiente para a identificação de estruturas de 3 a 5 mm a uma profundidade de 8 a 10 cm, tornando-se ideais para os exames rotineiros do trato genital dos grandes animais e em gestações iniciais. No entanto, para aumentar a qualidade das imagens podem ser utilizados transdutores de 7,5 MHz, com a profundidade ficando restrita à apenas 4 a 5 cm, mas de ótimo uso para a avaliação de estruturas próximas ao transdutor.

Com relação ao posicionamento da imagem, salvaguardando regulagens especiais dos diferentes aparelhos, a estrutura mais perto da probe aparecerá na porção superior da imagem. Outra forma de localização da estrutura na palpação transretal é quando aprofundamos o braço na cavidade abdominal ou o contrário. O ideal é localizar a estrutura a ser observada e fazer com que ela sempre se mantenha no centro da imagem do ultrassom, ou seja, em contato com o meio da cabeça da probe. Assim fica mais fácil de manter a estrutura em destaque. É importante lembrar que os movimentos dentro da cavidade abdominal devem ser lentos e, com adquirir da experiência, padronizados.

Como realizar a palpação transretal em equinos?

Quais as técnica de exame transretal em equinos?

Qual a importância da ultrassonografia aplicadas a reprodução de éguas?

 Fonte: CPT Cursos Presenciais

 Adaptação: Escola do Cavalo

 

 

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