Também conhecida como “lamparão”, “farcinose”, “mal de mormo” e “catarro de burro”, em algumas regiões, MORMO é uma doença infecto-contagiosa, bacteriana,que acomete os equídeos, podendo, também afetar o homem. O Bacilo gran negativo Burkholderiamallei é seu agente etiológico.
Antigamente, essa doença acontecia, com maior frequência, no mundo todo, devido a maior utilização dos cavalos, pelo homem. Hoje, pela redução do uso dos equídeos, e, graças ao desenvolvimento científico e tecnológico, no combate as doenças, o controle passou a ser mais viável.
No Brasil, foi registrado o primeiro caso de mormo, no ano de 1811, provavelmente, em animais importados da Europa (PIMENTEL, 1938).
A contaminação se dá pelas vias aéreas, cutânea e genital, sendo a principal forma de contágio, a digestiva, através de alimentos, bebedouros, cochos e embocaduras.
A excreção da B. mallei acontece pelo nariz e pela boca, resultado do rompimento de lesões pulmonares causadas pela doença.
Os sintomas mais comuns se apresentam de três formas: respiratória, linfática e cutânea. As lesões de pele indicam a fase crônica do mormo.
O exame laboratorial é o meio mais eficaz para que se faça um diagnóstico definitivo, pois os sintomas podem se confundir com os de outras doenças.
Ainda não existem tratamentos ou vacinas eficazes contra esse mal. Sua notificação é obrigatória, por se tratar de uma zoonose, e, em caso de confirmação, faz-se um controle do trânsito animal, por tempo indeterminado. Baseia-se na interdição das propriedades afetadas, podendo haver o sacrifício dos animais infectados.
Autor: Dr.Ciro Pinheiro Mathias Franco – Médico Veterinário
Fonte: Dentista de Cavalo
Adaptação: Revista Veterinária
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