O manejo reprodutivo de éguas bem conduzido pode melhorar as características reprodutivas e produtivas do rebanho. Por exemplo, com o uso de biotecnologias como a inseminação artificial, palpação retal, ultrassonografia, entre outros. Também através da escolha bem conduzida de matrizes a fim de atingir os parâmetros desejados.
A equideocultura brasileira é, sem dúvida, um dos negócios mais expressivos do país. O sucesso deste segmento e suas diversas modalidades se devem, em grande parte, aos avanços e descobertas tecnológicas relacionadas à reprodução assistida. Ela garantiu uma melhora do rebanho em termos genéticos bem como outras dezenas de benefícios.
A reprodução natural ou assistida com o auxílio das técnicas disponíveis, necessita contar com um eficiente manejo reprodutivo de éguas. O conhecimento em manejo e biotécnicas reprodutivas, portanto, tornou-se algo imprescindível nos últimos anos.
Anatomia e Fisiologia reprodutiva das éguas
A égua possui sistema genital com:
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Dois ovários;
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Dois ovidutos;
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Dois cornos uterinos;
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Corpo de útero;
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Cérvix;
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Vagina e vulva;
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Além da glândula mamária, que também faz parte desse sistema.
O ciclo reprodutivo da fêmea equina possui as etapas de diestro e estro, na qual há uma fase folicular. É nesse momento que a égua a égua se encontra sexualmente receptiva ao macho, e o aparelho reprodutor está preparado para aceitar e transportar o sêmen aos ovidutos para fertilização. Esse processo envolve a ovulação e uma fase lútea (diestro) na qual a égua não está receptiva ao garanhão.
Manejo reprodutivo de éguas
A égua entra na puberdade, com início da atividade sexual por volta dos 18 meses, porém nesse período o seu corpo ainda não está preparado para uma gestação. Portanto, o ideal é inicie a reprodução com três anos ou mais, porém tendo um limite aos 18 anos. Elas precisam ter um bom comportamento, ser saudáveis e possuir aparelho reprodutor funcional. Bem como boa genética, morfologia e bom desempenho competitivo.
Após verificar os reprodutores, é necessário analisar se o acasalamento é indicado. A melhor estação para a reprodução dos equinos é de setembro a fevereiro. Na maioria das raças, pois é quando ocorre a maior parte dos cios férteis devido à maior incidência de luminosidade, essencial para a liberação de hormônios reprodutivos. Quando se trata de puro sangue, a estação de monta vai de 15 de agosto a 15 de janeiro.
As éguas apresentam vários cios, porém na mesma época do ano, em estações mais quentes. É importante que elas tenham boa condição nutricional, já que animais com nutrição desbalanceada podem apresentar ciclo estral alterado. Podendo comprometer todo o projeto reprodutivo. Que haja também temperaturas mais quentes, bem como fotoperíodo de 16 horas por dia.
Na reprodução de equinos um fator a ser considerado de grande importância é sobre a fertilidade da espécie. È importante dar preferência a animais jovens, em maturidade sexual, praticar o exame de esperma, que deverá ser feito pelo médico veterinário.
Existem várias maneiras eficientes para a implantação de um sistema de manejo reprodutivo eficiente. Como, por exemplo: transferência de embriões, inseminação artificial, entre outros. Sobre isso que vamos falar no próximo tópico.
Biotécnicas Reprodutivas
A escolha da melhor técnica pelo produtor vai depender dos objetivos e condições oferecidas. Conheça algumas das principais biotécnicas reprodutivas utilizadas:
Transferência de embriões em equinos (TE): é uma técnica altamente lucrativa que permite aumentar a produção de potros geneticamente melhorados. A técnica consiste em realizar coletas de embriões de um animal doador e transferi-lo para uma égua receptora.
Inseminação artificial: com esta biotécnica é possível realizar um grande número de progênies por macho em um único salto. Desta forma, a criação do rebanho ganha em qualidade.
Palpação retal: um dos exames mais tradicionais na reprodução equina é a palpação retal, ele consiste na introdução da mão e do braço do médico veterinário pelo reto do animal.
A palpação é tanto utilizada em atendimentos clínicos quanto na avaliação do trato genital do animal. O exame tem um baixo custo, seguro e eficaz, entretanto, é necessário que o profissional tenha conhecimento profundo da anatomia dos órgãos do animal.
Com ele, além de identificar a gestação 45 dias após a fecundação ainda é possível verificar as condições de saúde interna do animal.
Ultrassonografia veterinária: trata-se de uma técnica fundamental para a reprodução equina. Pouco invasivo e com alto grau de precisão, o uso do ultrassom veterinário possibilita identificar a gestação em até 13 dias após a fecundação. Além disso, constatar o número de fetos e ainda confirmar a viabilidade fetal.
O conhecimento em manejo e biotécnicas reprodutivas, portanto, tornou-se algo imprescindível nos últimos anos. Por isso, é de grande importância que o profissional da área de criação de equinos conheça cada uma delas, bem como suas vantagens e desvantagens, sendo que o conhecimento facilitará consideravelmente a escolha da melhor opção.
Vale destacar que a ultrassonografia, juntamente com a palpação transretal são técnicas cada vez mais utilizadas no mercado. Elas tem o intuito de diagnosticar as patologias reprodutivas e acompanhar o desenvolvimento da gestação equina.
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Fonte: CPT , Portal Escola do Cavalo