A luz na reprodução equina é fundamental para a estação de monta e regulação do período reprodutivo das fêmeas. Isso porque a luminosidade tem relação direta com os hormônios reprodutivos.
Neste artigo, você vai entender como a luz na reprodução equina funciona e como afeta o ciclo estral das éguas. Confira as características do ciclo estral, o período da estação de monta, as diferenças entre luz artificial e natural e como a inseminação artificial pode auxiliar no controle das variáveis da reprodução.
Ciclo estral e estação de monta
Primeiramente, é essencial saber que as fêmeas são poliéstricas sazonais. Isso significa que os ciclos estrais, ou intervalo entre ovulações da égua, acontecem apenas em um momento do ano. Uma das causas é a incidência maior de luz na reprodução equina.
Essa incidência da luz faz com que a estação de monta ocorra nos meses mais luminosos, como na primavera e no verão. Em razão de os dias serem mais longos, as fêmeas entram no ciclo estral e manifestam a sua capacidade reprodutiva. Com isso, a temperatura corporal também é alterada. Durante o inverno, as fêmeas desaceleram o ciclo estral, enquanto no verão regulam novamente.
Saber esses fatores é primordial na eficácia reprodutiva. Veterinários devem planejar as estações de monta considerando a oscilação da luz e da temperatura. Entre os meses de outubro e março corresponde ao intervalo ideal para a monta natural. Juntamente a essas questões, cada animal envolvido no processo reprodutivo deve ser avaliado com exames físicos e laboratoriais antes de serem empregados no manejo. Desse modo, evitam-se prejuízos financeiros e problemas de saúde.
Luz na reprodução equina: artificial e natural
A luz natural é importante para o organismo equino devido ao papel na regulação dos ciclos, principalmente no sistema endócrino e reprodutivo. Com a maior incidência solar, as éguas começam a entrar no período reprodutivo.
Contudo, diante das necessidades do mercado equino, é possível utilizar luz artificial para controlar o período de cria. Ou seja, em meses com menos luz solar, como no inverno.
O uso de luz na reprodução equina de forma artificial faz com que o organismo responda ao estímulo e permite a implementação de biotecnologias reprodutivas com precisão. Para tanto, os criadores precisam colocar as fêmeas em exposição à luz no plantel durante 16 horas por dia. Das 17h até 22h, o animal receberá a iluminação para simular o entardecer mais quente e ensolarado.
O cuidado é necessário porque não pode haver excesso de luz para as fêmeas. O uso desregulado de iluminação afeta a saúde e o sistema reprodutivo. O ideal é usar esse artifício por 6 a 12 semanas.
Inseminação artificial
Após seguir a técnica da iluminação, é importante confirmar se os animais estão no cio. Esse período, conhecido por rufiação, ocorre quando a fêmea e o garanhão são colocados próximos e observam-se os sinais do estro.
A fêmea deve abaixar e levantar a cauda, urinar, curvar a coluna, expor o clitóris e encorajar o garanhão a se aproximar. Já o macho relincha, mordisca e lambe a égua. Se a fêmea não estiver pronta, ela fica com orelhas para trás, a cauda baixa e dá coices no macho.
O uso da ultrassonografia torna o diagnóstico preciso, visto que o momento da ovulação é difícil de ser observado apenas a olho nu. Assim, com o exame de imagem, o trato reprodutor pode ser avaliado, principalmente com o doppler. Assim, a vascularização e os folículos ovarianos podem ser vistos e examinados.
A inseminação artificial é uma biotecnologia ideal para conseguir animais de grande porte genético. O método envolve a introdução do sêmen do garanhão no sistema reprodutivo da égua para que a gestação se desenvolva. Os profissionais devem seguir todo o protocolo com cuidado para preservar a saúde animal e obter bons resultados.
Também empregar as técnicas de colheita e utilização do sêmen é essencial para a acurácia do processo. Fazer a detecção precisa do cio, ser um profissional treinado, conduzir o manejo nutricional e sanitário de forma correta e avaliar o sêmen a ser usado garantem aumentos nos rendimentos.
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