A saúde bucal dos equinos nunca foi motivo de tanta preocupação e cuidados como nestes tempos atuais. Isso porque a maioria dos profissionais que atuam neste segmento já se conscientizaram que dentes mal cuidados representam queda no desempenho esportivo, má digestão, cólicas, dentre outros problemas.
Das enfermidades mais comuns ocorridas podemos citar os problemas de oclusão, tais como o bragnatismo, ocorridos em cerca de 10% dos animais, conforme pesquisas. O bragnatismo é uma enfermidade congênita, causadora da diminuição da mandíbula, que culmina com a projeção à frente dos incisivos maxilares.
Este problema, quando detectado precocemente, ou seja, no potro, há uma grande possibilidade de correção por tratamento. Tal diagnóstico é difícil de ser realizado, já que o animal não costuma apresentar grandes mudanças na face e nem dificuldades na alimentação. Por isso é importante que todo recém nascido tenha a cavidade bucal avaliada por um especialista, que pode ainda contar com exames radiográficos para a confirmação do caso.
A importância deste exame ocorre pelo fato de que o animal precisará realizar, quando mais jovem, a trituração correta dos alimentos. Já no prognatismo ocorre uma formação ao contrário do bragnatismo, ou seja, a mandíbula é maior do que a pré-maxila, resultando nos mesmos problemas de projeção dos dentes.
O tratamento para ambas as enfermidades deve ser realizado por um médico veterinário profissional e especializado, que poderá optar por métodos paliativos, como o desgaste regular de alguns dentes, ou cirurgia para a colocação de fios de aço na arcada dentária, como forma de contenção. Isso, já nos primeiros meses de vida do potro.
Importante ainda que os animais com estes problemas congênitos não sejam designados para procriação, já que os descendentes poderão ter o mesmo problema.
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Fonte: Informativo Equestre