A escolha pela técnica e anestesia correta para realização de procedimentos dentro da área da medicina veterinária influenciam direta e completamente no sucesso do mesmo.
Existem dois tipos mais utilizados, em equinos, de anestesia: a anestesia local e a geral. O anestésico local, como o próprio nome já diz, tem seu efeito somente propagado na região em que foi aplicado se estendendo por um raio pequeno, enquanto que a geral atinge todo o sistema do animal.
Os anestésicos locais bloqueiam fisicamente por interações lipofílicas os canais de sódio das membranas dos terminais nervosos e como o potencial de ação é dependente do influxo de sódio, não ocorrendo a propagação do impulso. Devido à forma de ação desse tipo de fármaco, a anestesia local é utilizada para pequenos procedimentos, complemento de anestesia geral ou para diagnóstico de claudicação (bloqueio anestésico). Apesar de ser de um custo mais baixo que a geral, a anestesia local tem também desvantagens, sendo a principal o fato de não deixar o animal inconsciente, logo, o mesmo continua se movimentando e por esse motivo pode atrapalhar a cirurgia e o cirurgião.
Já a anestesia geral atua diretamente no sistema nervoso central do animal, provocando hipnose, analgesia e relaxamento muscular, retirando consequentemente, qualquer tipo de dor ou sensibilidade. Esse tipo de anestesia é indicado para procedimentos em que a local associada a um tranquilizante não são suficientes e em casos de procedimentos mais invasivos, como exploração de cavidades e reparação de fraturas. Para melhor aproveitamento do fármaco e aumento do período hábio cirúrgico, quando disponível o aparelho, profissionais optam pela associação à anestesia inalatória, que também tem a vantagem de ser mais segura, uma vez que parada a sua administração seu tempo/efeito é pequeno, fazendo com que o animal comece a recuperar a consciência e seus parâmetros fisiológicos em poucos minutos.
As principais cirurgias em que são utilizadas a anestesia geral são: orquiectomia, criptorquiequitomia, herniorrafia umbilical, tenotomias, desmotomias, neurectomias, miotenectomias, exérese de fragmentos ósseos, enucleação, remoção de neoplasias superficiais, suturas de feridas extensas e remoção de corpos estranhos.
Existem ainda dois grupos contidos nos anestésicos gerais, sendo eles os dissociativos, como cetamina e tiletamina e os barbitúricos, como o tiopental.
Fonte: CPT Cursos Presenciais
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