Os cavalos apresentam uma particularidade na dentição chamada erupção continua, ou seja, os dentes “crescem” durante toda a vida do animal. Este crescimento se dá, pois o dente fica dentro do osso da face e desce de acordo com o passar dos anos. Esta característica é importante, uma vez que, o pasto grosseiro e com teor elevado de sílica desgastam os dentes dos animais durante a mastigação.
Com a domesticação dos animais, o alimento fornecido não desgasta os dentes, pois é menos grosseiro e mais macio, como rações, aveia, milho, fenos, pastos cultivados. Assim, os dentes que crescem aproximadamente 3mm ao ano não são gastos, consequentemente os animais apresentam excessos de dente chamados de pontas dentárias nas laterais dos dentes pré-molares e molares.
As pontas dentárias dos dentes superiores formam-se na parte do dente que tem contato com a bochecha e, na parte inferior formam-se no dente que tem contato com a língua. Dessa forma, aparece feridas e machucados na língua e na bochecha dos animais, problema dentário mais comumente encontrado.
Outras anormalidades observadas são as relacionadas com os molares e incisivos, que comprometem a mastigação; a doença periodontal; diastemas; dentes-de-lobo; fraturas dentárias; cáries; retenção de decíduo, ou seja, o dente de leite. Quando os animais estão com dificuldades em mastigar apresentam perda de peso, deixa o alimento no cocho, deixa o alimento cair da boca, molha o alimento para facilitar a mastigação e em casos avançados os animais apresentam cólica em consequência da má mastigação.
Os cavalos trocam de dente do segundo ano de vida ao quinto, período que há também a erupção dos dentes molares permanentes. É importantíssimo que nesse período o profissional capacitado acompanhe o animal, evitando muitos problemas posteriores.
Fonte: http://www.cavalosdosul.com.br/artigo/por-que-cuidar-da-denticao-dos-cavalos
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