A habronemose equina é uma doença que dificilmente acarreta mortes, mas é responsável por transtornos econômicos, principalmente causada pela habromenose cutânea.
Existem diferentes tipo de habromenose, como o caso da gástrica, assintomática, que tem caráter sazonal e ocorre com maior frequência nos meses quentes do ano. Outros exemplos são: habronemose cutânea, causada por larvas, sendo sazonal, conhecida como “ferida de verão”; habronemose conjuntival, causada por larvas, acometendo animais de todas idades; habronemose pulmonar, causada por larvas, muitas vezes, em seu início, é assintomática.
O ciclo da doença é indireto, sendo os vetores da patologia a mosca doméstica (Musca domestica) e a mosca dos estábulos (Stomoxys calcitrans).
O desenvolvimento da mosca e da larva são concomitantes, pois as larvas e os ovos saem junto com as fezes dos equinos e as moscas colocam seus ovos sobre essas fezes. As larvas de moscas eclodem e ingerem as L-1 da Habronema.
Após duas semanas temos as L-3 nas moscas adultas. Essas moscas ao pousarem em feridas abertas na pele do equino depositam as larvas e temos a denominada habronemose cutânea. Por outro lado estas moscas podem colocar suas larvas na boca ou próximo à boca do animal, neste caso as larvas ou mesmo a própria mosca pode ser degludida. Após 2 meses temos o verme adulto no estômago ocasionando a habronemose gástrica.
Em casos de infestação acentuada podemos ter a habronemose pulmonar. Se o parasita for depositado na cavidade ocular teremos a habronemose conjutival. Em relação a habronemose pulmonar, autores divergem: alguns acham que a infestação se dá via sangue ou linfa e outros acham que esta ocorre através de migração boca-traquéia-pulmão.
Fonte: UFES
Adaptação: Escola do Cavalo
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