Os equinos trotam e marcham, essa capacidade de marchar é hereditária, muitas raças foram selecionadas com base nessa característica. Foi descoberto atualmente que, a capacidade de aprender a marchar depende da presença de mutação em um gene.
O caminhar é controlado por neurônios localizados na medula espinhal, os equinos alternam o lado da perna que coloca na frente. Deste modo, quando a perna esquerda dianteira está na frente, é a perna direita traseira que está na frente. No próximo passo isso se inverte e assim por diante. Alguns cavalos são capazes de marchar e, nesse caso, o sincronismo das pernas é diferente.
Estudos feitos com cavalos islâmicos mostram que, em um dos tipos de marcha, ele é capaz de colocar na frente tanto a perna esquerda dianteira quanto a perna esquerda traseira. No próximo passo, ambas as pernas direitas são levadas para frente ao mesmo tempo. As pernas dianteiras e traseiras desse tipo de marcha trabalham em sincronismo.
Geneticistas estudiosos compararam inicialmente raças de cavalos islâmicos identificando o local do genoma responsável pela capacidade de marchar. A sequência do genoma foi comparada e foi descoberto a capacidade desse, em regular o funcionamento de outros genes, alterado nos cavalos capazes de marchar. Enquanto nos equinos comuns o gene produz uma proteína grande, nos cavalos marchadores o gene produz uma proteína menor, truncada.
Então foi examinado se essa alteração encontrava-se presente em todos os cavalos capazes de marchar e ausente nos incapazes. Dos 1.160 cavalos de 21 raças, de diversos lugares, examinados todos que marcham possuem gene truncado e raças que trotam possuem a versão do gene que produz a maior proteína.
A maior flexibilidade dos cavalos marchadores porém tem um custo, o galope é mais lento e menos coordenado, tem maior dificuldade de fazer a transição do trote para o galope.
Fonte: Estadão
Adaptação: Escola do Cavalo
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