Na medicina equina é necessário frequentemente à reposição ou a manutenção do equilíbrio hemodinâmico com fluídos e eletrólitos, especialmente no tratamento de alguma moléstia que pode vir a acometer o trato digestório dos animais.
Mas a fluidoterapia pode ser utilizada no tratamento de outras afecções clínicas que acomete os equinos, podendo ser o único tratamento ou ainda ser utilizada junto com outros tratamentos clínicos e cirúrgicos.
Tradicionalmente é mais utilizado a fluidoterapia ultravenosa, que consiste na administração de soluções eletrolíticas diretamente na corrente sanguínea sem passar pela mucosa do trato gastrintestinal, barreira natural para a absorção seletiva de água e eletrólitos. Nestes casos os fluidos utilizados têm que ser estéreis e puros e apresentam custo elevado.
No caso da fluidoterapia enteral é observado grandes vantagens. A administração de fluidos por uma sonda nasogástrica utiliza a absorção seletiva pela mucosa intestinal, contribuindo com a baixa nos custos, uma vez que os fluidos estéreis e puros não são necessários, e também os riscos de desequilíbrios eletrolíticos iatrogênicos são menores.
Dessa forma não é recomendável a adoção da fluidoterapia ultravenosa como primeira opção, podendo ser reservada em três situações: casos em que a reposição rápida de fluidos e eletrólitos for obrigatória, como o choque hipovolêmico; quando a fluidoterapia enteral não puder ser administrada, como na obstrução do esôfago e íleo paralítico; ou quando a fluido terapia enteral não for suficiente para manter o equilíbrio hidroeletrolítico, como na colite grave.
Fonte: www.revistas.usp.br