A fluidoterapia em equinos é uma técnica frequentemente utilizada com o propósito de amenizar as cólicas desses animais. Essa prática atua regulando desequilíbrios hídricos ou eletrolíticos, exigindo que profissionais e criadores conheçam esse método e saibam quando e qual a melhor maneira de aplicá-lo.
Como citado anteriormente, a técnica da fluidoterapia é muito utilizada quando o equino apresenta sintomas da síndrome cólica, sendo realizada por meio da administração de fluidos específicos, como forma de tratar esse problema e garantir o bem estar do animal. Também, é frequentemente recomendada em quadros de desidratação.
Para que o tratamento da fluidoterapia em equinos obtenha sucesso, é necessário que sejam avaliados fatores sobre a administração dos líquidos e que se examine o paciente, a fim de se obter informações importantes que direcionarão a intervenção.
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Como funciona a fluidoterapia em equinos?
A fluidoterapia é, com frequência, aplicada em diversas áreas do tratamento de equinos. Pode ser utilizada em cirurgias, em entraves clínicos e, além disso, é utilizada como forma de garantir a manutenção do condicionamento físico do equino que participa de competições. Assim, atua corrigindo a escassez ou o excesso de líquidos no corpo do animal, promovendo a homeostase.
Dessa forma, a fluidoterapia em equinos pode ser realizada com o objetivo de aumentar o volume sanguíneo, complementar calorias ou nutrientes e corrigir possíveis irregularidades hídricas, como a hidratação excessiva ou a desidratação. Além disso, por ser classificada como um tratamento de suporte, visando o bem estar do animal, é imprescindível identificar e tratar a doença primária causadora dessa desregulação.
Administrar os fluidos repositores de forma oral e enteral não confere riscos à saúde do animal, já que esses líquidos serão selecionados e absorvidos pela mucosa do trato gastrointestinal. A aplicação intravenosa também é uma solução encontrada, que apresenta uma resposta rápida do organismo. Contudo, o custo desse método pode ser mais elevado, devido à necessidade de um grande volume de fluidos para que a homeostase seja efetiva.
As causas de um desequilíbrio hídrico no corpo dos equinos podem ser variadas. Entre as principais, pode-se citar: realização de exercícios físicos cansativos, diarreia, choque, cólicas e enfermidades renais.
Tratamento da cólica
Um mal que atinge os equinos com frequência é a síndrome cólica. Na maior parte dos casos, esse desconforto é causado em decorrência da compactação do intestino grosso do animal.
Depois que o animal é examinado, é possível determinar a gravidade do quadro e avaliar a necessidade de alguma intervenção cirúrgica. Dessa forma, com o objetivo de tratar alguns casos com o tratamento básico, são prescritas fluidoterapias enterais, em conjunto com a administração intravenosa.
O uso de laxantes, acompanhados da fluidoterapia em equinos, é frequentemente utilizado, com o objetivo de facilitar o fluxo do intestino do animal. Contudo, recomenda-se que esse procedimento seja feito com cautela, uma vez que pode acarretar efeitos colaterais indesejados, como perda de água em excesso e dores abdominais.
Quais as soluções fluidas utilizadas
Uma parte importante da fluidoterapia em equinos é a escolha das soluções que são aplicadas neste tratamento. Assim, por meio da avaliação do tamanho das moléculas e sua permeabilidade, pode-se dividir esses líquidos em duas categorias: colóides e cristalóides.
As soluções colóides são aquelas que apresentam um peso molecular elevado e acabam por aumentar a pressão intravascular e promovem a passagem de líquidos ao espaço extracelular. Dentre os colóides encontrados naturalmente, é possível citar o sangue, a albumina e o plasma, sendo esse o mais usado em equinos.
Já as soluções cristalóides, possuem moléculas que são capazes de penetrar a membrana plasmática e são distribuídas a todo o corpo. São fluidos à base de água e contém açúcares e eletrólitos, como as soluções de NaCl 0,9% e 0,45%. Por possuírem um preço menos elevado, os cristalóides são os fluidos usados com mais frequência.
A escolha da substância que será aplicada depende do estado do animal. A utilização de soluções de cloreto de sódio 0,9%, por exemplo, é indicada quando o equino apresenta elevados níveis de potássio no sangue. Já as soluções de glicose 5% são recomendadas em situações de hipoglicemia.
Outras etapas da fluidoterapia em equinos também variam de acordo com as características do animal. Dessa forma, a determinação da velocidade de aplicação do fluido, da via a ser utilizada e do volume prescrito dependem de aspectos específicos do animal, tais como tamanho e peso. As escolhas corretas são o que garantem os bons resultados obtidos com o tratamento.
Desidratação e fluidoterapia em equinos
Sabendo que um dos objetivos da aplicação da fluidoterapia é corrigir a desidratação desses animais, é necessário saber reconhecer esse quadro e como proceder nessa situação.
Dessa forma, faz-se importante determinar o grau de desidratação do animal. Esse resultado é obtido por meio da avaliação física e, em alguns casos, análises feitas em laboratórios. Como esse recurso muitas vezes não está disponível no campo, é imprescindível que os profissionais e criadores saibam como reconhecer esse quadro.
Os sinais da desidratação variam de acordo com o grau encontrado. Algumas das características comumente encontradas em equinos desidratados são: frequência cardíaca elevada, diminuição do peso, redução da elasticidade da pele. Além disso, é possível perceber o ressecamento das mucosas e a queda de temperatura nas extremidades do animal.
Para que a fluidoterapia em equinos seja aplicada da melhor forma possível, é importante destacar o preparo do profissional que quer se especializar nessa área. Como é possível perceber, existem muitos aspectos a serem considerados quando se opta pela fluidoterapia. Além de dominar as técnicas necessárias para a aplicação dos fluidos, é necessário que o profissional saiba avaliar o animal da maneira correta e indicar a intervenção mais efetiva, uma vez que o tratamento inadequado pode trazer prejuízos à saúde do equino.
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Fontes: Cercomp, UFMG, Portal Educação, Unesp