Endometrite em Éguas

O útero possui mecanismos de defesa que impedem a sua contaminação por microrganismos. A defesa do útero é mediante barreira física (vulva, prega vestíbulo-vaginal e cérvix), mecanismos imunológicos e sistema linfático funciona. As éguas quando submetidas à cobertura, independente de monta natural ou inseminação artificial, tem as barreiras físicas de defesa ultrapassadas porque o sêmen, em ambos os casos, é depositado na luz uterina.

O sêmen é composto por espermatozóides, proteínas do plasma seminal e bactérias oriundas do sêmen como do pênis do garanhão. Devido a sua composição, quando o mesmo é depositado no útero desencadeia uma resposta inflamatória aguda. Com trinta minutos já se observa a presença de um aporte de neutrófilos na região, que tem como função eliminar o excesso de espermatozóides. Juntamente aos neutrófilos, a contratilidade do miométrio ajuda na limpeza física do útero.

Durante o estro o hormônio estrogênio favorece os mecanismos de defesa, e nestas circunstâncias o processo inflamatório se resolve em 3-48 horas. As éguas nas quais o processo inflamatório se resolve são chamadas de sadias ou resistentes à endometrite. Quando ocorre falha em uma das etapas e o processo inflamatório persiste com perda da integridade da mucosa e instalação de uma infecção bacteriana a égua se encontra em um quadro de endometrite persistente pós-cobertura (EPPC).

Os Médicos Veterinários que trabalham diretamente com a reprodução de equinos devem estar atentos e identificar quais éguas são susceptíveis a endometrite persistente pós-cobertura.

 

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Fonte: Cbra