A encefalomielite equina é uma doença zoonótica viral que acomete os cavalos acidentalmente, pois sua fonte de infecção é aves silvestres. A enfermidade é grave e pode ser dividida em três grupos: a leste (EEE), oeste (WEE) e a venezuelana (VEE), sendo rara no Brasil, relatada apenas em casos isolados.
A enfermidade tem os mosquitos Aedes spp. e o Culex spp. como os transmissores e se manifesta em surtos epidêmicos, geralmente em temperatura e umidade alta. Ela tem sua porta de entrada pela pele do animal, quando picado pelo vetor contaminado.
Não há uma faixa etária ou raça mais predisposta a contrair a doença, a encefalomielite equina pode atingir desde potros novos aos equinos que são mais adultos.
O período de incubação da doença é de dois a sete dias. Quando não é tratada rapidamente, pode levar o animal ao óbito. O tipo EEE da doença costuma ser fatal, enquanto que as demais formas, se controladas com tratamento, têm uma baixa taxa de letalidade.
Sinais Clínicos
O alphavírus (RNA da família togaviridae) tem tropismo por células nervosas, que provoca ações inflamatórias típicas. Os sinais da encefalomielite equina visíveis são os neurológicos. Alguns sinais são:
- Febre alta;
- Perda de equilíbrio e apetite;
- Andar cambaleante;
- Cabeça voltada para o solo;
- Os lábios permanecem flácidos.
- Cegueira;
- Patas abertas;
- Sonolência.
No estágio mais agravado da doença, surgem movimentos involuntários porque o cérebro começa a se inflamar. Aparecem também a ataxia e paralisia. Por fim, o animal deita-se, sofre uma convulsão e morre.
Diagnóstico
O diagnóstico laboral clássico pode ser realizado à partir de amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano por meio de técnicas como o isolamento viral. Outra forma de identificação é feita por meio de teste de neutralização por redução de placas, fixação de complemento e imunofluorescência direta ou indireta.
As técnicas moleculares (RT-PCR e sequenciamento) também têm sido utilizadas no diagnóstico das encefalites. Elas permitem a comparação dos diferentes isolados e estudos filogenéticos.
Para um diagnóstico preciso, deve levar em conta outras doenças com os sinais parecidos, como a raiva, botulismo, leucoencefalomalácia, intoxicação por plantas tóxicas e as demais encefalites virais.
Tratamento da encefalomielite equina
Não há um tratamento específico para a enfermidade, apenas é possível o administrar os seus sinais. O controle da encefalomielite equina deve ser feita através do isolamento do animal infectado e vacinações, que se iniciam aos dois meses de idade do animal.
É indispensável antes de reintroduzir o animal no rebanho, deixá-lo em quarentena para observação de possíveis sinais.
Prevenção
As vacinas disponíveis no mercado brasileiro são inativadas e bivalentes. Elas imunizam contra a Encefalite Equina do Leste e do Oeste. É necessário fazer duas vacinações e em seguidas reforçá-las anualmente.
Controlar os vetores com medidas, como a eliminação de águas paradas e criadouros de mosquitos reduz os riscos de exposição à doença e a possível infecção do equino. A utilização correta de todos esses procedimentos de prevenção, pois reduz muito a chance de uma epidemia da encefalomielite equina.
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Fonte: Perito animal