Os cavalos, assim como os humanos, ficam mais suscetíveis à gripe nos meses de inverno. Nessa época do ano, é necessário ter mais cuidados com os eqüinos, uma vez que a exposição ao frio e vendo podem aumentar a predisposição a doenças respiratórias, como a Influenza e a Rinopneumonite eqüina. A imunização dos animais continua sendo a melhor maneira de prevenção para que a gripe não se instale.
A Influenza eqüina é uma das mais importantes doenças do trato respiratório dos equinos é endêmica no Brasil. A concentração de muitos eqüinos jovens em jockeys, hípicas, centros de treinamentos e eventos aumentam o risco de infecção, uma vez que o rápido e constante trânsito de animais facilita a disseminação do vírus em uma população. Contudo, os animais adultos e mais velhos são menos suscetíveis à infecção, mas podem se tornar sintomáticos com o contato com animais doente com elevada excreção viral.
A doença é introduzida num rebanho saudável por cavalos infectados com ou sem sintomas clínicos. Dessa forma, o vírus é replicado após a infecção pelo sistema imunológico do animal. Com isso, a Influenza eqüina é fácil de se prevenir se as medidas sanitárias – como a quarentena de animais recém chegados – , juntamente com a vacinação e vermifugação apropriadas dos animais forem instituídas.
O vírus da influenza acaba e disseminando rapidamente em uma população de cavalos, através de aerossóis (resultantes de tosse e espirros) contaminados com o vírus. Os sinais clínicos da doença incluem tosse e febre, além da anorexia e descarga nasal. A severidade dos sinais clínicos varia de acordo com o nível de imunidade dos animais no momento do contato com o vírus.
Um fator extremamente importante para o sucesso no controle da Influenza equina é o protocolo vacinal inicial (2 doses com intervalo de 21-30 dias). De acordo com Alessandro Orsolini, gerente de produto/linha equinos da unidade de negócios Bovinos da Pfizer Saúde Animal, seguir o protocolo vacinal é de suma importância para o desenvolvimento adequado de anticorpos protetores. A imunidade vacinal de curta duração para o vírus de influenza induzida pelas vacinas inativadas, acaba fazendo com que seja necessária a realização de reforços vacinais a cada 3-4 meses em locais de grande desafio para a doença.
Mesmo assim, a vacina não impede a infecção e nem a eliminação viral. É importante saber que animais vacinados podem eliminar o vírus, mas com uma taxa menor quando comparados a animais não vacinados. Estes, por sua vez, também poderão apresentar os sinais clínicos da doença em situações de desafio elevado, mas os sinais clínicos serão mais brandos quando comparados a animais não vacinados.
A vacina Fluvac Innovator EWT da Fort Dodge, uma empresa do grupo Pfizer Saúde Animal, é indicada para a prevenção da gripe equina causada pelos subtipos A2 do vírus da Influenza que atingem cavalos (H3N8). Por conter vírus inativados, essas vacinas também protegem os animais contra o tétano e a encefalomielite leste e oeste, e contra a rinopneumonite.
Logo após a primeira dose, é necessária a aplicação de uma dose de reforço após três a quatro semanas e os animais devem ser revacinados anualmente. Os cavalos adultos que nunca foram imunizados devem tomar duas doses, com intervalo de três a quatro semanas. Aqueles animais que irão competir em provas da Federação Equestre Internacional e nas da Confederação Brasileira de Hipismo, a revacinação contra a gripe é obrigatória a cada seis meses. Para Orsoline, “a vacinação correta dos animais associada a medidas higiênico-sanitárias adequadas, são as ferramentas mais importantes no controle da Influenza equina e da Rinopneumonite”.
Fonte: Portal do Agronegócio
Adaptação: Escola do Cavalo
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