Conhecer as doenças do sistema nervoso em equinos é fundamental para saber se o cavalo está evidenciando algum sinal de enfermidade. Desse modo, pode-se agir rapidamente e buscar medidas de intervenção para tratá-lo com segurança.
Para identificar a existência de desordens neurológicas, o médico veterinário e o responsável pelo animal precisam estar atentos ao histórico do paciente e aos sinais clínicos. O acompanhamento especializado é fundamental para realização de exames e tratamentos.
Neste texto, conheça quais são as principais doenças do sistema nervoso em equinos e o porquê reconhecer os sinais é importante para salvar a vida do animal.
Principais doenças do sistema nervoso em equinos
Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM)
Mieloencefalite Protozoária Equina é conhecida no campo pela sigla EPM ou bambeira. Trata-se de uma doença neurológica comumente diagnosticada em cavalos e causada por um protozoário presente nas fezes do gambá. Para a contaminação acontecer, o equino precisa ingerir as fezes contaminadas. Os sinais clínicos que indicam essa desordem neurológica é a falta de coordenação motora, perda do controle das patas e atrofia dos músculos, sobretudo dos glúteos. Pode, ainda, ter sinais de cegueira e alterações comportamentais.
A identificação da doença necessita, além da observação dos sinais, fazer exames de sangue e do líquido cefalorraquidiano. É fundamental ter cuidado com regiões em que há predominância de gambás e evitar a proliferação do animal. O tratamento é feito com medicação específica para eliminação do protozoário conforme recomendação médica. Contudo, é importante saber que nem todos os animais conseguem se recuperar totalmente.
Encefalite equina
Chamada também por falsa raiva, peste-de-cegar e doença de Aujesky, a encefalite equina é uma doença virulenta que atinge o sistema nervoso central. O cavalo manifesta desordens para andar, quadros de febre, aumento nas quedas, sonolência, perda de peso, problemas na visão e pálpebras caídas.
O problema é causado por animais hematófagos, como morcegos e carrapatos, que, ao se alimentarem do sangue de um animal contaminado, transmitem para outros. É fundamental que o cavalo doente seja afastado de atividades de trabalho e alocado em espaços calmos e limpos.
Traumatismos
Entre as doenças do sistema nervoso em equinos, traumatismos cranianos e da coluna são recorrentes em atendimentos médicos. Acidentes de trabalho ou durante a prática de exercícios físicos podem trazer problemas para o encéfalo e a medula espinhal, como concussão cerebral, contusão e laceração.
A atuação veterinária é essencial para investigar a localização e a extensão do traumatismo. Neste momento, exames de imagens devem ser executados para um diagnóstico preciso e rápido.
Raiva
É uma doença viral que pode ser letal. Cavalos são contaminados por meio da mordida de um animal infectado. A falta de coordenação motora, diminuição da força, ataxia, paralisia e mudanças comportamentais são comuns em pacientes doentes. Para tanto, exames laboratoriais são feitos para diagnosticar a patologia.
Tétano
Cabe salientar entre as doenças do sistema nervoso em equinos, o tétano, um problema causado pelas toxinas da bactéria Clostridium tetani. A predominância é em locais tropicais e subtropicais. A evolução do quadro envolve paralisia muscular até o óbito.
Problemas congênitos e anomalias no desenvolvimento
Uma das doenças do sistema nervoso em equinos é a hidrocefalia. Caracteriza-se por animais neonatos que apresentam desenvolvimento morfológico defeituoso do sistema ventricular cerebral. Isso significa que há acúmulo do liquor cefalorraquidiano, podendo ser um problema desde o nascimento ou adquirido na vida. Em ambas as formas de manifestação, o cavalo apresenta problemas na visão, depressão, convulsão, aumento de sono e mugidos sequenciais.
Agir prontamente em situações de emergência é fundamental para garantir bem-estar e a vida do equino. Com o Curso de Primeiros Socorros em Equinos, aprenda a identificar os indicativos de desordens que precisam de atenção. As aulas trazem conhecimentos práticos para detectar problemas com os cavalos.
Fontes: Ouro Fino Saúde Animal; CONCCEPAR; Scielo; UNB; UFPEL.