O bom desempenho atlético dos cavalos depende, em particular, do bom funcionamento de seu aparelho respiratório. Em animais de esporte e reprodução, processos patológicos, nesse sistema, são responsáveis por grandes prejuízos econômicos e orgânicos, desses animais.
Existe uma síndrome alérgica, denominada DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), também inflamatória, que afeta equinos de meia idade, em especial, os estabulados por muito tempo. Não é comum em cavalos jovens.
Sensibilidade a alergenos ambientais e predisposição genética são os dois fatores principais, identificados em estudos sobre a doença.
O aumento de neutrófilos (a neutrofilia) é o que caracteriza a DPOC, em cerca de 5% em cavalos a pasto e de 50% em animais estabulados, o que sugere uma resposta traqueobrônquica local a partículas de pó inaladas e depositadas dentro das vias aéreas.
Animais estabulados, sempre mais expostos, inalam maior quantidade do pó de feno e sujidades das paredes das baias, ou de sua própria cama, são acometidos pela síndrome, que ocasiona-lhes a irritação da traqueia e dos brônquios, desencadeando o processo inflamatório. Com esses órgãos comprometidos, a doença se manifesta.
Podem-se enumerar os agentes ambientais causadores dessa síndrome: o pó de cama e o pó de feno, com grande quantidade de ácaros como o Lepidoglyphusdestructor; os fungos (antigênicos e alérgicos): inalação de extrato aquoso de Aspergillusfumigatus ou Faeniarectivirgula que promovem a inflamação, com o aumento de neutrófilos; as endotoxinas, como a amônia – sua concentração pode, igualmente, provocar o aumento de neutrófilos; as condições climáticas; os fungos presentes na alfafa – eles podem provocar reações alérgicas, e, finalmente, os vermes pulmonares – causadores de lesões nos pulmões, principalmente o Dictyocaulusarnfield.
Uma infecção viral ou até mesmo a exposição, por longo tempo, aos fatores alergênicos pode desencadeara doença, pois o animal não se infecta do dia para a noite.
Ocorre a obstrução das vias aéreas, e consequente inflamação dos brônquios, causada pela reação alérgica ao agente etiológico (a poeira), podendo se complicar com uma infecção bacteriana. Pode haver um retorno sazonal, de sinais clínicos, ao longo da vida dos equinos.
Os sintomas podem aparecer, tanto em exercícios, como em repouso, e com visível queda na performance do animal. O processo é crônico e recorrente, sempre em resposta à mudança ambiental.
Os sinais clínicos devem ser considerados, tais como a tosse ocasional, a intolerância ao exercício, febre ( no caso de infecção bacteriana), corrimento nasal, letargia (lentidão nos movimentos), anorexia (falta de apetite), hipertrofia dos músculos abdominais, alteração da frequência respiratória (tempo de inspiração maior do que o tempo de expiração), mucosas cianóticas (coloração azulada).
Por se tratar de uma doença crônica, não existe cura, devendo os animais serem tratados por toda a vida. Na falta do tratamento, os danos poderão ser irreversíveis e causar a morte.
O tratamento é à base de antinflamatórios, broncodilatadores e antibióticos, podendo-se, também, utilizar a acupuntura e tratamentos experimentais, como o transplante de células-tronco.
Fonte: web artigos – google
Adaptação: Escola do Cavalo
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