Desidratação em equinos: entenda os sinais e perigos

Desidratação em equinos

Um grave problema enfrentado no campo é a desidratação em equinos. A ingestão correta de água é fundamental para o funcionamento metabólico do organismo animal. Porém, há casos em que o oferecimento de água não supre as necessidades do cavalo e, portanto, o aparecimento de problemas começa a se tornar frequente. 

Quando são animais esportistas, a quantidade de água deve ser maior e conforme as recomendações do médico veterinário. Isso se deve ao fato de o cavalo perder água e minerais através do suor. Além da transpiração, os equinos perdem calor pela respiração rápida e redistribuição da circulação sanguínea na pele.

Veja quais são os principais sinais da desidratação em equinos e os perigos para a saúde animal. Aprenda as melhores formas de cuidar dos cavalos desidratados, sobretudo com a fluidoterapia.

Sinais e riscos de desidratação em equinos

O manejo inadequado traz riscos para a saúde do cavalo. Por isso, a primeira etapa é avaliar o quadro do paciente. Há três etapas de diagnóstico:

  • elasticidade da pele
  • tempo de repleção capilar
  • observação das membranas mucosas

Os sinais clínicos do problema variam de acordo com o grau. Durante os exames, a desidratação em equinos pode ser enquadrada como leve, moderada ou grave. 

O nível leve é indicado pela redução da elasticidade da pele, repleção capilar entre dois e três segundos, juntamente à retração cutânea. O tempo de repleção capilar no estágio moderado é de dois a cinco segundos com presença de mucosas ressecadas, olhos fundos e pele murcha. 

Em casos graves, a desidratação em equinos pode levar ao choque hipertérmico, ou seja, o animal não consegue perder calor pelo suor. Além disso, o tempo de repleção capilar é maior que quatro segundos, as extremidades do corpo ficam frias, há taquicardia, pulso fino e acelerado.

Como cuidar do animal desidratado?

É importante investir na prevenção da desidratação em equinos. Nos meses mais quentes, o manejo nutricional deve incluir fibras na alimentação, pois auxiliam na retenção de água. 

O tratador deve oferecer água em abundância, limpa e fresca para o cavalo. Os animais esportistas devem praticar atividades físicas fora dos períodos mais quentes do dia. Privilegie o começo da manhã e o fim da tarde.

O profissional pode indicar a suplementação de eletrólitos, uma forma de repor as perdas minerais. Para o tratamento da desidratação em equinos, um dos principais procedimentos prescritos para os pacientes é a fluidoterapia. Entenda como funciona.

Fluidoterapia

A técnica de fluidoterapia visa regular a quantidade de água e eletrolitos no organismo e é muito usada para pacientes com síndrome do abdômen agudo, conhecida também como cólica equina. Outras aplicabilidades são em cirurgias e para cavalos atletas em competições.

A regulação acontece seja para casos de escassez ou excesso de água, por meio da homeostase. A administração dos fluidos ocorre por via oral, enteral ou intravenosa e não gera desconforto ou complicações na saúde.

Assim, após avaliação do paciente, o profissional indicará quais serão as substâncias a serem usadas e qual o meio de administração. Esses fatores são analisados considerando tamanho, peso, raça e patologia.

Como você leu, a desidratação em equinos é um problema grave que precisa ser tratado com urgência para evitar sequelas. Aprenda no Curso de Primeiros Socorros em Equinos as principais técnicas para atendimentos emergenciais e como resguardar o bem-estar animal.
Fontes: Compre Rural; Equinvest; Diário do Nordeste.