O diagnóstico definitivo da claudicação requer interpretação precisa de um Médico Veterinário com um conhecimento profundo da anatomia animal, identificando as estruturas atingidas e possíveis fatores predisponentes, pois esse sinal clínico pode ter várias origens, porém uma das mais comuns é devido à deformidades articulares músculo-tendíneas, mais especificamente, envolvendo a articulação interfalangeana e o tendão flexor profundo.
Essa deformidade geralmente tem a ver com crescimento rápido do animal, manejo nutricional ou genética, podendo estar relacionada a mais de uma destas causas. Dentre os sinais clínicos podem ser observados claudicação, projeção dorsal da região supracoronária, aumento da altura dos talões e falta de contato dos talões com o solo.
O tratamento é iniciado logo após o diagnóstico e envolve terapias relativamente simples, porém é extremamente necessária a combinação das mesmas, incluindo modificação na dieta, tornando-a menos calórica para diminuir a tensão sobre o membro, anti-inflamatórios não esterioidais e exercícios de alongamento dos tendões seguido de relaxamento. Na grande maioria dos casos este tratamento cura o animal, porém é um método demorado, têm um período estimado de três à quatro semanas para dar resultado. Se não houver resultado dentro deste tempo previsto é necessária a intervenção cirúrgica, através da Tenotomia.
Tenotomia é o termo utilizado para a cirurgia de secção de algum tendão (teno = tendão e tomia = secção). Neste caso específico é a intervenção cirúrgica realizada pela exposição e isolamento, seguido da secção do tendão flexor profundo, podendo ser bilateral ou unilateral. Após a cirurgia já é observado um pleno restabelecimento anatômico do eixo podofalangeano, tanto em repouso quanto durante sua locomoção.
Fonte: Abraveq
Adaptação: Escola do Cavalo
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