O mercado de criadores de cavalos conta com diversos perfis de criadores, diferentemente de anos atrás onde criar cavalos de raça era apenas um hobbie para pessoas abastadas financeiramente.
Para alcançar resultados satisfatórios, a equinocultura precisa ser bem conduzida o que possibilita a integração de criadores de diferentes modalidades, tanto de grande, médio ou pequeno porte, o mercado é bastante amplo para acolher a todos, podendo tornar-se uma alternativa econômica bem sucedida.
Adquirir uma égua de genética superior é fundamental para ter um bom plantel e se destacar no mercado. Escolher o melhor acasalamento também é fundamental para o sucesso.
Depois de consolidada a prenhez é o momento de pensar nos cuidados que a mãe e feto necessitam e que são primordiais para o nascimento de um produto saudável. É um grande equívoco pensar em cuidar do produto somente após seu nascimento, pois ele é o futuro dessa criação e sua formação intrauterina é que irá garantir seu potencial de desenvolvimento para toda a vida.
As éguas prenhes necessitam de alguns cuidados essenciais como:
- Pastagem de boa qualidade, em quantidade ideal;
- Local limpo para evitar os riscos com acidentes;
- Água fresca à vontade;
- Sais minerais;
- Vacinas e vermífugos;
- Acompanhamento da gestação por um profissional, de acordo com o manejo implantado na localidade.
É importante no terço final da gestação, suplementar bem a égua complementar a alimentação com rações balanceadas, para um maior desenvolvimento do feto, pois é a época em que o mesmo está crescendo e ganhando peso, requerendo uma demanda maior de nutrientes. Esse desenvolvimento se dá devido ao potencial genético para o crescimento e os limites impostos no suprimento dos nutrientes da mãe.
A disponibilidade de mineral à vontade para os animais é essencial em todas as fases da vida dos equinos, mas na gestação, lactação e em potros em crescimento é fundamental (no caso dos produtos, devido a sua formação e crescimento que é muito rápido durante o primeiro ano de vida).
O momento do parto demanda um ambiente tranquilo onde a égua se sinta segura, sendo este um dos motivos pelo qual ele ocorre preferencialmente à noite.
A observação da eliminação da placenta deve ser feita a distância para não incomodar mãe e filho e não sendo expulsa em até 8 horas após o parto deve-se chamar um profissional para efetuar os procedimentos necessários. Sua retenção pode causar sérios problemas tanto para a égua como para o produto, resultando em enfermidades como: toxemia, laminite, febre e consequente diminuição do leite.
Um produto saudável, normalmente, se esforça para se livrar dos restos do parto, fica em pé no período de uma ou duas horas, procura o úbere da mãe e suga o teto com avidez. É importante lembrar que a égua primipara normalmente tem um parto mais demorado e difícil que pode causar desconforto fazendo com que não permita que o potro mame e até rejeite o filho. Uma boa avaliação da situação e a intervenção rápida do veterinário que pode sanar esse problema e não causar danos maiores para mãe e filho.
O produto ao nascer não apresenta defesas contra os micro-organismos presentes no meio ambiente. Garantir que ele se alimente de um colostro de boa qualidade nas primeiras horas de vida, irá protegê-lo durante as primeiras semanas, porém isso só será possível se tiverem sido efetuados os cuidados com a égua gestante em todas as etapas de sua gestação.
Para cuidar da sanidade do produto é feita a queima do umbigo que é uma simples e eficaz de higiene. O umbigo é uma porta de entrada para os micro-organismos, já que os pequenos possuem o hábito de mamar e em seguida se deitarem, mantendo um contato constante com o solo, tornando-se assim presas fáceis de contaminação.Tomado todos esses cuidados e tendo dedicação o sucesso é garantido.
Fonte: TGS
Autor(a): Dra Edna Cláudio
Adaptação: Escola do Cavalo
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