As fêmeas equinas apresentam um estro pós-parto, comumente chamado de cio do potro. Essa condição geralmente acontece entre o 5º e o 12º dia depois do parto, mas pode não ocorrer em todas as éguas devido a fatores ambientais, deficiências nutricionais ou problemas hormonais.
Por apresentarem menores índices de fertilidade do que outros animais, o cio do potro pode ser aproveitado. Entretanto, é necessário que seja realizado um monitoramento adequado do aparelho reprodutivo da fêmea para que bons resultados sejam atendidos. Somente assim é possível garantir as vantagens de aproveitar esse período.
Ao longo da leitura deste artigo iremos aprofundar no tema e sanar outras dúvidas frequentes na reprodução equina.
Como ocorre o cio do potro?
O ciclo estral apresenta uma média de 21 dias, sendo que 14 desses constituem a fase luteínica, conhecida como diestro e 7 dias de cio, ou seja, período que a égua está sexualmente receptiva. Como a involução uterina da fêmea depois de um parto normal é rápida, uma manifestação do ciclo estral pode ocorrer logo após o nascimento do potro, recebendo o nome de cio do potro.
Para que a égua seja capaz de gestar uma vez por ano é necessário que ela conceba logo após o parto. Por este motivo, é comum e até recomendável que o cio do potro seja aproveitado no manejo reprodutivo.
Esse fenômeno ocorre com a fêmea equina talvez por causa do seu longo período gestacional, de 330 a 340 dias, e da pressão evolutiva para o intervalo de partos de doze meses, sendo o animal de produção com o menor intervalo pós-parto. Porém, como vimos, o cio do potro pode não acontecer em algumas éguas, seja por fatores ambientais ou desequilíbrios nutricionais e hormonais, bem como por não aceitarem a presença do rufião.
Vantagens em aproveitar o estro pós-parto
Considerando que a gestação dos equinos é longa e que são animais poliéstricos estacionais, o uso do fenômeno é de grande vantagem, pois possibilita a prenhez logo após o parto. Portanto, o aproveitamento do cio do potro favorece a obtenção de altas taxas de fertilidade, promovendo uma eficiência reprodutiva maior por parte das éguas, para que elas sejam capazes de conceber uma vez por ano.
Para que as vantagens do cio do potro sejam percebidas é importante ficar atento às condições físicas da égua ao parto e do aparelho reprodutor após o nascimento. O médico veterinário responsável pela clínica equina deve identificar as fêmeas em melhores condições corpóreas e uterina para que o cio do potro seja bem sucedido.
Nas condições ideais da fêmea, uma das recomendações é a inseminação artificial, pois a técnica pode auxiliar na obtenção dos resultados satisfatórios para a concepção neste período. Pesquisas mais recentes mostram que as taxas de prenhez no cio do potro foram maiores com o uso da inseminação artificial (83%) do que por monta natural (66%).
Cio do potro em éguas têm risco?
A cobertura nesse período é uma boa prática a fim de se obter um potro/égua/ano. Todavia o manejo inadequado pode levar a um comprometimento futuro do desempenho reprodutivo do animal.
Algumas vezes, a baixa fertilidade das éguas no primeiro estro pós-parto, é consequência do tempo insuficiente para a regeneração do endométrio, da alta susceptibilidade a infecções ou da insuficiente involução uterina. Existem também casos de perda gestacional, um dos principais fatores relacionados à infertilidade e que acarreta vários prejuízos a pequenos e grandes produtores.
Tanto problemas na gestação quanto a incidência de perdas estão relacionados à saúde do trato reprodutivo materno. Não compreender as condições da fêmea pode colocá-la em risco, por isso é necessário conhecimento e prática avançada em reprodução equina.
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Fontes: Cursos CPT, Agrolink, Unicruz, Escola do Cavalo, BARROS, Bárbara Souza, OLIVEIRA, Rodrigo Arruda.