Os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, todos os anos, de janeiro a março, assistem à cheia de suas planícies. Nesse período, o acesso às propriedades rurais fica muito prejudicado e a dificuldade para alcançá-las é enorme. Em alguns lugares, nem mesmo os veículos mais potentes conseguem chegar.
Nem mesmo as cheias podem paralisar os trabalhos nas fazendas. Por isso, peões mantêm os rebanhos em segurança, montando seus cavalos pantaneiros, que reinam absolutos, nas travessias de rios e pastos inundados, conduzindo a boiada.
Essa espécie de equinos, rústicos e fortes, bastante resistentes e adaptados à realidade climática daquela região são parceiros constantes na vida do homem pantaneiro. Como essa raça, nenhuma outra se adaptou tão bem ao clima quente e úmido do Pantanal. Conseguem, até, prender a respiração e buscar comida nos pastos inundados, afirma José Luiz Paes de Barros, criador da raça e ex-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Pantaneiro (ACCPB).
A origem do cavalo pantaneiro data do período colonial do Brasil. Vêm dos cavalos ibéricos, trazidos pelos espanhois à Região Sul. Espalharam-se pela Argentina, Paraguai e Bolívia. Por volta de 1543, começaram a chegar no Pantanal os primeiros exemplares, quando, a caminho de Assunção, no Paraguai, por lá passou o governador do Rio da Prata, pela coroa espanhola, Álvar Núñes Gabeza de Vaca. Atacados por índios guaicurus, entregaram a eles os animais. Os índios foram os responsáveis por iniciar a criação no Pantanal. A seleção natural se deu, à medida que esses animais foram cruzados com outras raças.
Fonte: Terra Por: Juliana Ribeiro Adaptação: Escola do Cavalo
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