Dentro do cenário mundial, o Brasil ocupa uma boa posição no ranking dos países que utilizam biotécnicas reprodutivas, no melhoramento das criações. Hoje, até mesmo técnicas mais avançadas, como a transferência de embriões e a aspiração folicular em equinos, já fazem parte do manejo reprodutivo dos principais plantéis nacionais. Isso acontece pois, ainda hoje, um fator que pode abalar toda esta indústria eqüina é a baixa fertilidade das éguas. Uma parte da tropa nacional é composta por éguas idosas, sub férteis ou inférteis, apresentando em torno de 30,0 % de recuperação embrionária ou podendo até mesmo serem improdutivas.
Essas éguas podem apresentar falhas na ovulação, no transporte espermático, deficiência hormonal e no desenvolvimento embrionário, dentre outros. E, em muitos casos, esses animais de baixa produtividade apresentam alto valor zootécnico e genético desejável. É nesse momento que o avanço nas técnicas de reprodução tem mostrado seu valor para o plantel.
Assim, diversos estudos estão sendo desenvolvidos visando aumentar a produtividade do plantel e da parcela menos produtiva. Rotinas como hormonioterapias diversas, superovulação, fertilização in vitro, dentre outros, estão cada vez mais presentes no manejo reprodutivo desses animais. Dessa forma, essas práticas combinadas com técnicas de inseminação artificial, diagnósticos ginecológicos e de gestação, transferência de embriões e aspiração folicular em equinos, se mostram promissoras quando aplicadas de forma correta. Porém, nem todos esses protocolos são comercialmente viáveis, devido a limitações fisiológicas inerente a espécie, apresentado resultados insatisfatórios ou mesmo elevando o custo dos processos.
O que é a aspiração folicular em equinos?
A aspiração folicular em equinos é uma técnica que permite a utilização de oócitos de uma égua de valor genético desejável, mesmo que esta não esteja em condições adequadas para a reprodução. Ou seja, seja idosa, sub fértil, infértil, ou ainda, caso essa égua exerça uma função que seria dificultada pela gestação, como no caso de animais atletas.
Assim, tem sido grande a utilização da aspiração folicular em equinos. Nesse método, a aspiração de oócitos tem como objetivo de aumentar o número de descendentes de éguas com problemas no trato reprodutivo e conseguir descendentes de éguas idosas impossibilitadas de produzir. Essa técnica também proporciona outras vantagens como disponibilizar oócitos extras para transferência imediata, sobretudo em éguas que sofreram estimulação super ovulatória. Estes ainda podem ser utilizados para fins experimentais imediatamente ou posteriormente quando criopreservados, visando o desenvolvimento de estudos sobre maturação e fertilização in vitro; possibilita a criação de bancos de germoplasma, dentre outros.
Como funciona a aspiração folicular em equinos?
Para a realização da aspiração folicular em equinos, o folículo pré-ovulatório dominante da égua doadora, será puncionado entre 24 a 30 horas após a aplicação de hormônio que induz a ovulação. Assim, este oócito será coletado por meio da aspiração folicular guiada por um aparelho de ultrassonografia. Apenas com o auxílio do ultrassom veterinário, o médico veterinário responsável é capaz de realizar o procedimento de forma correta, evitando danos aos órgãos reprodutivos do animal.
Assim, para a aspiração transvaginal é utilizado um ultrassom equipado com um transdutor micro-convexo de 5 mHz com guia de plástico contendo uma agulha 22G, que é posicionado no fórnice (fundo) da vagina, do mesmo lado do folículo pré ovulatório. O ovário é manipulado por via transretal e o folículo posicionado sobre a linha de aspiração do transdutor. O conteúdo folicular é aspirado com o auxílio de uma bomba de sucção de aproximadamente 150 mmHg.
A aspiração folicular em equinos é usada em combinação a técnicas como fertilização in vitro, inseminação artificial e transferência de embriões. Assim, como os produtos coletados são, normalmente, inseminados em éguas receptoras, estas também devem ser aspiradas para evitar que ovulem e o oócito sejam indesejavelmente fertilizados.
Atenção ao cuidado com o animal!
Como mostramos, a aspiração folicular em equinos exige do profissional o conhecimento e experiência avançadas em várias outras técnicas de reprodução animal. Mesmo já sendo implantada nos melhores plantéis do Brasil e do mundo, essa técnica exige profissionais com amplo conhecimento em fisiologia equina, ultrassonografia veterinária, palpação transretal. Assim, para a segurança do animal, é importante que o veterinário esteja preparado para realizar esse procedimento de forma a minimizar os riscos que envolvem a captura desses oócitos.
Uma forma de reduzir os riscos envolvidos é o uso de um bom aparelho de ultrassom veterinário. É importante verificar os transdutores disponíveis, a faixa de frequência e as funções disponíveis no momento de escolher qual ultrassom utilizar. Ainda vale ressaltar que a aspiração folicular normalmente é realizada na propriedade, que não necessariamente possui um equipamento próprio. Assim, para o veterinário que atende mais de uma fazenda, o ideal é um aparelho portátil e que facilite o atendimento nas mais diversas situações.
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Fontes: Pubvet