Na área da clínica veterinária, a artrite em equinos é um caso comumente encontrado em pacientes com alta carga de atividades físicas e esportivas, cavalos que já sofreram com doenças infecciosas ou que passaram por grande esforço em suas atividades cotidianas. Trata-se de um problema ortopédico que atinge desde os potros aos cavalos mais idosos e ocasiona inflamações e desgastes nas articulações.
Essa patologia exige atendimento veterinário com rapidez, visto que sua progressão aumenta o desconforto do animal e evolui para quadros em que o prognóstico torna-se longo. Neste texto, saiba como a artrite em equinos acontece, os principais sinais clínicos, os tipos mais comuns da doença, as formas de diagnosticar e tratar.
Como ocorre a artrite em equinos?
A doença afeta as articulações dos cavalos e exige cuidados específicos e rápidos. Isso se deve ao fato de destruir a articulação e a cartilagem articular. Logo, é uma enfermidade com progressão nos sinais clínicos.
Principais sinais clínicos
A artrite em equinos cria quadros em que o animal manifesta:
- edema na região das articulações afetadas;
- alteração comportamental e agressividade;
- rigidez;
- fraqueza;
- claudicação;
- diminuição da massa muscular.
Em geral, a manifestação dos primeiros sinais clínicos ocorrem com as alterações do comportamento do cavalo em razão das dores que está sentindo. Assim, o rendimento do animal se torna menor, apresenta manqueira e fica mais agressivo se os responsáveis lhe tocarem.
Tipos de artrite em equinos
A artrite séptica é causada a partir de alguma ferida que gerou infecções hematológicas ou traumas. É caracterizada pela inflamação de uma articulação, provocando erosão e danos.
Já a artrite supurativa, configura-se como uma infecção das articulações com distensão da cápsula articular provocada pelo aumento da secreção do líquido sinovial e por bactérias. Sua origem é relacionada com punções feitas sem higienização correta, presença de traumas ou realização de procedimentos hematológicos e linfáticos sem cuidados. Assim, o problema é emergencial e exige tomar decisões rápidas.
A artrite infecciosa é categorizada conforme a existência de artrite serofibrinosa ou fibrinopurulenta, juntamente à sinovite sem prova macroscópica de osteomielite na
necrópsia (tipo S), osteomielite da epífise do osso subcondral e da junção da cartilagem (tipo E), ou osteomielite diretamente adjacente a fise (tipo P).
Diagnósticos e tratamentos
Para saber se o paciente sofre de algum tipo de artrite em equinos, a avaliação clínica precisa contar com:
- análise do histórico de vida, de modo a saber o passado do cavalo;
- verificação da rotina;
- presença de outras patologias;
- presença de feridas e traumas;
- saber como é a rotina;
- exames físicos, sobretudo para claudicação equina;
- análise laboratorial do líquido sinovial a fim de investigar infecções;
- exames de ultrassonografia e radiografia.
Importante destacar que os exames de imagem são complementares ao conjunto de análises médicas. Com os resultados, é possível interpretar as imagens e traçar com precisão o diagnóstico.
A prevenção é a forma principal que deve ser implementada no manejo animal. Evitar sobrecarga das tarefas e não fazer com que o cavalo carregue muito peso são medidas preventivas para evitar quadros de patologias ortopédicas. Promover o fortalecimento dos músculos e oferecer alimentação correta unem-se às ações que os responsáveis devem investir.
O tratamento para artrite em equinos depende do caso e da condução médica. De forma geral, recomenda-se uso de medicação específica, como antibióticos e anti-inflamatórios, fisioterapia e repousos.
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Fontes: FMU; Labgard; Arenales; Dia de Campo.