A cesariana em éguas tem como objetivo viabilizar o parto de fetos vivos ou mortos, quando ocorrem problemas no método natural de parição.
A técnica é um laparohisterectomia, não sendo um procedimento simples, pois requer estrutura hospitalar e o alto custo empregado, que muitas vezes, limitam esta prática.
Dentre os recursos utilizados, encontra-se a anestesia. Vários regimes anestésicos têm sido defendidos com o propósito de minimizar a depressão fetal e devemos sempre frisar no baixo risco de vida da fêmea e dos fetos.
Pesquisadores da FAMED/FAEF ressaltam que "a anestesia epidural combinada com o hidrato de cloral e o guaifenesin e uma abordagem cirúrgica baixa e oblíqua do flanco têm sido empregadas com sucesso na Europa. Contudo, deve ser considerado o restrito espaço do flanco, pois o animal apresenta tórax avantajado e o limite da última costela restringe o espaço".
A resposta da fêmea sobre o procedimento anestésico é fundamental, atento sempre as possíveis alterações de seu estado fisiológico.
A cirurgia cesárea deve ser realizada preferencialmente em centro cirúrgico e sob anestesia geral, em decúbito dorsal, tendo como via de acesso a linha Alba mediana do abdômen.
Como medicação pré-anestésica, recomenda-se levopromazina ou clorpromazina por via intravenosa. Após quinze minutos, a aplicação de quetamina IV é fundamental para se obter o decúbito.
Após estes procedimentos, sempre acompanhar a égua para que não haja queda brusca, além de adaptar a máscara anestésica, oferecendo halotano ou isofluorano em doses crescentes e suficientes para um plano que dê a analgesia necessária. Ao se observar a perda do reflexo laringotraqueal, proceder a intubação endotraqueal, que pode ser opcional, em função da habilidade da equipe cirúrgica.
E finalmente, realizar o procedimento cirúrgico da cesárea com maior segurança.
Fonte: FAMED/FAEF
Adaptação: Escola do Cavalo
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