Os cascos são muito importantes para que o cavalo tenha um bom desempenho. Os cascos podem ser definidos como sendo o estojo córneo que recobre a parte terminal do membro locomotor do cavalo. O anterior é maior e mais oblíquo que o posterior. O casco é uma parte insensível que tem a denominação de escudo do pé e indica que esta função protetora necessita de uma completa estrutura anatômica para que atenue as pressões e reações.
Os cascos são utilizados pelos equídeos também como meio de defesa. Seus golpes são potentes e rápidos. Um detalhe que todo criador deveria saber é que o cavalo, ao escoicear, o faz tão somente para trás e nunca para os lados (como ocorre com os bovinos), isto devido à existência do “ligamento acessório”, que não permite a movimentação lateral dos membros posteriores dos cavalos.
Face plantar do casco
A beleza do casco ou pé é considerada quanto ao volume, à forma, à qualidade da matéria córnea e aos aprumos:
-Volume: o pé deve ser relativamente volumoso, porém o seu tamanho depende da raça e do tamanho do animal.
-Forma: o casco deve ser simétrico e ter as partes anterior e inferior mais larga; a pinça deve ter o dobro do comprimento dos talões e formar um ângulo de cerca de 50º com a horizontal; o períoplo, reto e inclinado de diante para trás; a face plantar, larga; sola côncava; ranilha volumosa, bem feita, elástica e forte; lacunas largas e bem acentuadas.
-Qualidade da matéria córnea: a matéria córnea do casco deve ser escura, rija e dotada de certa elasticidade, apresentando superfície lisa, íntegra e brilhante, ranilha, deve ser mole, elástica e forte.
O potro recém-nascido possui um casco pontudo, estreito, muito mole e com a base coberta com um invólucro delicado e córneo. Este, porém, cai em poucos dias e o desenvolvimento do verdadeiro casco se inicia. Quando o potro tem 3 meses de idade, pode-se começar a usar uma faca própria para o preparo do casco. O exame frequente dos cascos dos potros e a manutenção deles sempre limpos e aparados irá ajudar muito para um perfeito desenvolvimento. Os animais jovens também devem se exercitar bastante em terrenos secos, pois os cascos irão se formar de modo uniforme, podendo ser necessário apenas, ocasionalmente, raspar e arredondar as bordas da pinça a fim de se evitar quebras da parede.
Quando os potros permanecem na baia por muito tempo, não gastam seus cascos e, nesses casos, deve ser raspados e limpos uma vez por semana. As solas e fendas da ranilha devem ser examinadas e todo o pé lavado com regularidade.
Fonte: Site Oficial do Cavalo
Adaptação: Escola do Cavalo
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