Vamos falar sobre Mal das Cadeiras em equinos?

Mal das cadeiras ou surra, é a forma popular como a doença causada pelo protozoário Trypanosoma evansi é conhecida. Além disso, é responsável por causar sérios prejuízos por conta dos surtos e mortes em rebanhos pecuários. Afeta principalmente os equinos, mas, são identificados casos em cães, lobos, raposas e capivaras. Alias, animais de diversas raças e idades podem ser infectados ao ingerir carcaça contaminada.

A transmissão do Trypanosoma evansi ocorre por meio de insetos e morcegos hematófagos. Estamos falando de uma enfermidade grave, que muita vezes passa pelo diagnóstico errado. Podendo facilmente ser confundida com outras doenças. Os animais infectados podem apresentar quadro clínico agudo e crônico. Os afetados agudamente tem grandes chances de vir a óbito em poucas semanas ou meses. Já os casos de infecção crônica podem durar anos.

Quer saber mais sobre as características desta doença ainda pouco conhecida? Continue com a gente até o final e boa leitura!

Principal sinais do mal das cadeiras

Animais portadores do mal das cadeiras, tem como principal característica, o inchaço na pele onde o parasita está se multiplicando. Em seguida, costuma apresentar febre intermitente e outras características como:

  • Letargia;

  • Conjuntivite;

  • Perda de peso;

  • Queda de pelos;

  • Anemia progressiva;

  • Depressão acentuada;

  • Marcha oscilante (bamboleante);

  • Edemas nas partes inferiores do corpo.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento do mal das cadeiras?

Assim como em qualquer outra enfermidade, o diagnóstico clínico deve ser realizado por meio de análises laboratoriais. Pode passar por métodos parasitológicos, sorológicos e moleculares. O primeiro, é feito a partir de uma amostra de sangue do animal. No microscópio é possível constatar o agente em movimento. Animais que são positivos nos testes, precisam ser isolados e tratados de forma adequada.

O tratamento consiste no uso de fármacos específicos, e em muitos casos o animal tem grandes chances de recuperação. Mas, isso depende de que os cuidados e procedimentos sejam ministrados no tempo correto. Por isso, além do atendimento de um médico veterinário especialista, é preciso que todos os envolvidos com o rebanho estejam bem treinados para realizar o acompanhamento. 

Regiões brasileiras onde os casos são mais comuns

A região Norte do Brasil passou por forte expansão da bovinocultura de corte e, o rebanho equino representa uma importante força de trabalho. Fatores como o calor e umidade , favorecem o desenvolvimento da flora e da fauna entomológica. Já as regiões com clima quente e úmido e áreas alagáveis, favorecem o aparecimento dos vetores que são responsáveis pela transmissão do mal das cadeiras.

Tudo isso, associado a presença de reservatórios naturais, faz com que a região Norte seja predisponente à ocorrência do mal das cadeiras. Estudos mostram que, o ambiente amazônico, presente em boa parte da região Norte do Brasil, pode ter algumas caracteristicas específicas que interferem no perfil epidemiologico da tripanossome.

Cuidados preventivos importantes

No caso de regiões consideradas endêmicas, a profilaxia é feita por meio de administração de drogas que protegem os equinos durante um tempo. Outro cuidado são as medidas de controle dos mosquitos e morcegos, vetores da doença. E mais, o método mais utilizado é a aplicação de inseticidas nos estábulos. Deste modo, são repelidos os agentes transmissores.

Conhecer sobre as diferentes enfermidades que acometem os rebanhos equinos é fundamental. Desta forma, fica mais fácil fornecer os cuidados iniciais até que o animal possa receber o atendimento de um especialista. Se você é criador ou profissional da área equestre, temos uma ótima dica.

No curso de primeiros socorros em equinos do nosso parceiro CPT Cursos Presenciais, você vai aprender de forma prática a avaliar os problemas com cavalos. Assim, será capaz de tomar decisões importantes em situações emergenciais. Clique no banner abaixo e confira mais informações.

 

Fonte: PUB VET, Infoescola e Revista Veterinária