Por que ocorre a degeneração testicular em equinos?

degeneração testicular em equinos

Para escolher os animais  ideais para reprodução, os veterinários precisam avaliar a existência de degeneração testicular em equinos. Esse problema deve ser diagnosticado com precisão para se ter maiores níveis de fertilidade e produtividade na escolha dos garanhões.

A patologia acomete os testículos e pode ser uni ou bilateral. A evolução causa diminuição ou até paralisação da produção de esperma. Logo, a doença é perigosa, traz prejuízos para a equinocultura e com grande predominância entre os garanhões.

A seguir, veja quais são os sinais clínicos evidentes da degeneração testicular em equinos, os modos de conduzir o diagnóstico e os tratamentos para recuperar o bem-estar animal. 

Causas

A alta frequência da degeneração testicular se deve à sensibilidade do túbulo seminífero. São várias causas que alteram a homeostase dos testículos e, assim, gera deterioração. Alguns fatores são: aumento da temperatura, febre, traumas, uso de medicação, intoxicação, alteração hormonal autoimune, problemas na vascularização, manejo nutricional inadequado e inflamações dermatológicas.

Importante destacar que a idade está relacionada diretamente com a disposição para surgir a afecção. Quanto mais tempo de vida, mais os testículos estão sujeitos às alterações.

Sinais clínicos

Vale destacar que a diminuição do tamanho dos testículos e a mudança da consistência são sinais clínicos da degeneração testicular em equinos semelhantes à hipoplasia. Por isso, o especialista precisa ser capacitado para distinguir.

Na degeneração, o epidídimo fica maior que o testículo. O começo é caracterizado pela flacidez e leve redução do tamanho testicular. Em casos evoluídos, os testículos podem estar atrofiados e fibrosos.

Animais que sofrem com a patologia têm espermatozóides que morrem mais rápido quando estão na genitália da fêmea. Conforme a gravidade do paciente, o veterinário necessita traçar um protocolo específico de tratamento. O cavalo precisa ser retirado do rebanho para tentativa de reversão.

Diagnóstico e tratamento da degeneração testicular em equinos

O problema pode ser:

  • leve
  • moderado
  • grave
  • temporário
  • permanente

Para cuidar, a investigação deve descobrir qual é o fator que desencadeou o problema. Assim, exames físicos e clínicos precisam ser realizados para verificar as modificações das gônadas e taxas de testosterona.

A duração do tratamento oscila de acordo com a origem do problema e a extensão da deterioração. Semanalmente, a coleta do sêmen do garanhão tem que ser feita de forma a estimulá-lo sexualmente. Desse modo, a qualidade do sêmen vai melhorando e, com o prognóstico, a coleta segue paulatinamente.

Recomenda-se o uso de medicação específica com ação antioxidante e suplementos vitamínicos no manejo nutricional. Uso de hormônio não surte efeito, já que se trata de uma alteração no tecido.

Prevenção é primordial

Países tropicais, como o Brasil, são mais propensos ao desenvolvimento de processos de degeneração testicular em equinos. O calor gera alterações que podem prejudicar a produção espermática. 

Por isso, a prevenção é a grande aliada para a propriedade. Com exames periódicos, é possível monitorar o estado de saúde de todos os animais e tratá-los imediatamente quando for verificada alguma desordem.

Agora que você sabe como acontece o desenvolvimento da degeneração testicular em equinos, maximize os resultados de seu negócio. O Curso de Exame Andrológico em Equinos – manipulação, avaliação e criopreservação de sêmen é fundamental para sua capacitação profissional na área de reprodução. Nas aulas práticas, você aprende como realizar o procedimento e a identificar quais são os garanhões para a reprodução, bem como a manipulação da biotécnica para coleta, análise, congelamento e uso do sêmen.

Fontes: UFRGS; Infoequestre; CBRA.