A endometrite em éguas é a inflamação aguda, crônica ou degenerativa que acomete o endométrio das éguas. Está infecção ocorre geralmente após a inseminação ou cobertura e precisa ser eliminada pela égua em no máximo 96 horas.
Alguns animais são mais suscetíveis a esta enfermidade em virtude das condições congênitas ou devido ao seu histórico de complicações relacionadas ao órgão. A endometrite é apontada como uma das causas mais recorrentes de infertilidade.
Este problema causa grandes perdas econômicas, uma vez que muitas éguas deixam de gerar potros anualmente. Essa condição ocorre devido ao ambiente inadequado dentro do útero para o desenvolvimento do concepto, e é sendo a principal causa de reabsorção embrionária na égua. Continue com a gente e saiba mais sobre essa enfermidade.
Classificação da endometrite em éguas
A classificação dos diferentes tipos de endometrite em éguas, é feita de acordo com sua etiologia. Desse modo, pode ser fisiológica em algumas situações, ou patológica, em outras.
Portanto, estas endometrites podem ser divididas em:
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Endometrite causada por doenças sexualmente transmissíveis;
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Endometrite persistente pós-cobertura;
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Endometrite crônica;
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Endometrite crônica degenerativa ou endometriose.
Assim, as éguas podem apresentar variados tipos de endometrite entre uma estação e outra. Entretanto, elas podem mudar até mesmo dentro da mesma estação de monta. Ou seja, em um mesmo período pode apresentar mais de um tipo de inflamação no endométrio.
Sinais e Diagnóstico
Os principais sinais clínicos da doença são:
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corrimento vaginal com secreção mucopurulenta,
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exteriorização de parte da vulva.
O diagnóstico deve ser realizado pela anamnese, com exame direto do sistema reprodutivo como também por meio de exames complementares, que inclusive irão auxiliar na escolha do tratamento mais adequado. Os principais métodos de exames utilizados são a palpação transretal, ultrassonografia, exame ginecológico, citologia, biópsia, dentre outros.
É importante lembrar que a palpação transretal irá auxiliar, mostrando o quadro uterino, que deverá se apresentar sem tônus e com volume maior. O exame ultrassonográfico é útil para mostrar principalmente o acúmulo de líquido no interior do útero,essencial no diagnóstico. A avaliação cervical com o auxílio do vaginoscópio pode mostrar um colo uterino aberto e relaxado, com forte hiperemia; podendo ter também acúmulo de líquido no fundo do saco vaginal. Por isso, cabe ao profissional capacitado escolher o que melhor se adequa ao animal portador da doença.
Tratamento
A endometrite em éguas deve ser tratada de acordo com a sua origem. Existem vários protocolos para o tratamento das ocorrências agudas e crônicas. Alguns tratamentos modernos e outros experimentais revelam sua eficácia atuando nos processos inflamatórios. Endometrites não tratadas ou, quando tratadas inadequadamente, causam lesões no endométrio e afetam negativamente o desempenho reprodutivo das éguas. No caso da endometriose é difícil se obter sucesso no tratamento.
O tratamento pode ser feito de 1h até 4 dias após a cobertura. Vale ressaltar que cabe ao médico veterinário diagnosticar e propor um tratamento.
Como prevenir a endrometrite em éguas?
A prevenção desta enfermidade pode ser feita com um bom manejo na hora da cobertura, realizando uma limpeza bem cuidadosa da genitália externa da égua e do garanhão. Outro método utilizado é a redução do número de coberturas.
Contudo, o uso de diluentes de sêmen, contendo antibióticos também ajuda a reduzir a contaminação uterina. Em éguas que possuem má conformação vulvar, é recomendado o fechamento parcial da mesma, impedindo assim, a entrada de ar e outras sujeiras. Com a Com a realização desses procedimentos é possível diminuir a ocorrência de prováveis contaminações, inflamações e consequentes endometrites no animal.
O manejo reprodutivo é essencial para garantir o bom desempenho do animal e para que não haja complicações futuras.
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