Relação de amizade: Cavalo e Homem

Facilidade da doma depende também de cada cavalo.

 Não se trata apenas de saber montar ou domar um animal. O comprometimento, a responsabilidade e o dom específico para essa atividade constituem pontos fundamentais, além da necessidade de se promover uma relação de interatividade, confiança e grande amizade entre o ginete e o cavalo.

 Segundo Charles Fagundes, dono do Centro de Treinamento, no Parque Vali Albrecht, em Carazinho, RS, como tudo o que se faz, na vida, é preciso gostar muito para que se obtenha bons resultados ao se fazer a doma ou a montaria. Essa relação amigável depende muito do temperamento de cada animal e da dedicação, dos cuidados básicos e empenho no trato com o ele resultam em harmonia entre domador e cavalo, acredita ele.

 "Não somos um bom ginete sem um bom animal", ressalta. O tempo para levá-los a uma competição pode variar de alguns meses a um ano. "O Freio de Ouro possui oito etapas, então temos que mostrar a eles o momento de serem dóceis, no caso das andaduras, a hora de serem fortes, quando executar manobras. E isso ele só aprende se o ginete tiver uma boa relação com o cavalo", enfatiza Fagundes.

Afirma, ainda ser importante "premiar" o cavalo que desempenha bem sua tarefa, para que fique estimulado a acertar sempre e que seja também advertido, em caso de erro. "Eu procuro sempre terminar o serviço com eles acertando, para que, nas próximas vezes, eles se empenhem em fazer tudo corretamente, pois já entendem que fazendo isso se verão livres do trabalho mais rapidamente", revela.

As noções de respeito e educação, necessárias para um ginete domar os cavalos, acabam refletindo na vida destes profissionais, como um aprendizado. Aprende-se muito com o animais.

Desmistifica-se, assim, a ideia de que os bichos são animais irracionais, como garante Fagundes, e constata-se que se o cavalo não tivesse raciocínio não corresponderia aos comandos do ginete. "Com um treinamento sério e respeitando o animal você vai ter um cavalo manso, de força, habilidoso e vaqueiro, que é o que se precisa para participar das provas", afirma. Considera ser de extrema importância que as crianças tenham contato, não só com os animais, como também, com outros esportes.

Fagundes, a iniciativa de seus dois jovens alunos deve ser seguida com mais frequência pelas novas gerações. "É importante crianças estarem ocupadas com coisas boas, não somente com os cavalos, mas qualquer outro esporte", considera.

Fonte: CRMV-MG Adaptação: Escola do Cavalo  

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