As enfermidades e acidentes podem acometer tanto os cavalos criados a campo, quanto os embaiados. O melhor manejo é sempre a atitude mais adequada, nessa prevenção, diminuindo a necessidade dos cuidados emergenciais.
O cavalo é, sem dúvida, o animal doméstico mais sensível, não importando a sua idade para se dispensarem os cuidados, embora os cavalos adultos, erroneamente, passem a ideia de serem mais resistentes, pelo seu vigor e porte físico. Há cuidados especiais, de emergência num haras:
As cólicas que provêm, de distúrbios intestinais, os mais comuns, como o excesso de ingestão de ração e concentrados, ou de alimentos deteriorados. A cólica se manifesta pela inquietação, quando o cavalo começa a rolar no chão, olhar para os costados e cavar o solo. Deve-se estimular o passo do animal para que haja a aceleração do processo digestivo e evitar que o cavalo se machuque. Em casos mais graves, faz-se uma lavagem intestinal. Caso os sintomas persistam, o veterinário deve ser consultado.
Nos animais criados em baias, a cólica é a maior causa de morte.
Quando acontece um ferimento, o mais comum é se proceder à sutura, se a ferida for de grande profundidade. Em caso de hemorragia intensa, deve-se usar um bom medicamento tópico. Para cicatrização rápida, utilizar umunguento de boa qualidade. Outras opções são os tradicionais sprays que aceleram a cicatrização e previnem o estabelecimento das bicheiras e inflamações. Em determinados tipos de ferimentos, uma pomada contendo antibiótico (exs..Ganadol, Furacin) deve ser utilizada.
Nas brocas de cascos, deve-se, em primeiro lugar, limpar toda a área afetada e necrosada. Usa-se um tampão de algodão embebido em substância específica. Nesse período, o animal deve permanecer em local limpo e seco. Como prevenção, medidas de higiene são fundamentais. Devem-se aparar os cascos mensalmente.
Na podridão de ranilha, a área afetada deve ser eliminada através de corte. Aplica-se, em seguida, o medicamento Formoped. O sulco da ranilha e as comissuras laterais devem ser, diariamente, limpas, mantendo-se, assim, a prática rotineira da higienização, como a melhor prevenção.
Uma ducha fria é o tratamento de choque mais recomendado, em casos de traumatismos de membros ou contusões, que são, na maioria das vezes, acompanhados de edemas. Nos dias seguintes, deve-se aplicar água quente com sal, em forma de compressas. Podem-se, também aplicar pomadas, massageando a área atingida.
A coleta de sangue é uma prática muito comum, no tratamento de cavalos, em haras, nos casos periódicos dos exames de A.I.E.-Anemia Infecciosa Equina.
O sangue deve ser coletado com agulha apropriada, injetada na região da grande veia jugular, na borda inferior do pescoço.
Soros são utilizados para estimular a alimentação, desintoxicar, e prevenir estresse, além da manutenção da resistência física desses animais. São aplicados na região da grande veia jugular, em grande quantidade.
O soro antiofídico deve ser imediatamente aplicado, caso haja ocorrência de picadas de cobra. Manter os pastos limpos é a melhor forma de se evitar esse tipo de acidente, que pode ser fatal.
Por: J.M. Oliveira
Fonte:Forum Equestre
Adaptação: Escola do Cavalo
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