Equitação de Trabalho- tipos de monta em diferentes aspectos do trabalho de campo

A Equitação de Trabalho está se transformando, rapidamente, numa coqueluche do hipismo mundial. Originou-se na Europa, em 1996, com a reunião de três países, a França, a Itália e a Espanha, para executar competições que combinavam provas de rédeas, doma vaqueira e gincanas.

Hoje, é praticada não só no Brasil, como também no México, E.U.A., Austrália, Portugal e outros países europeus. Assim como a modalidade de Rédeas foi adaptada pela Federação Equestre Internacional, esta nova modalidade poderá se integrar às Olimpíadas, pela aprovação e apoio da FEI, e por se tratar de uma competição de três dias.

Essa prova foi criada com o objetivo principal de colocar em destaque o tipo de monta utilizada nos diferentes aspectos do trabalho de campo.

O julgamento da prova de maneabilidade técnica é feito de forma subjetiva, com a presença de cinco juízes, considerando-se a maior e menor nota da pontuação final. Já na prova de maneabilidade e velocidade, o que conta é o tempo do percurso.Visando atrair um grande número de praticantes no mundo, uniu outros fatores importantes, como manter a competição viva entre todos os participantes durante este período, colaborando para quese torne a modalidade da família, e permitir o contato ímpar com o cavalo, nas atividades rurais que, nos dias de hoje, representa o grande elo entre o homem e a natureza, através da maravilhosa parceria e convivência com o cavalo.

É, também,considerada uma modalidade instrutiva para os jovens cavaleiros, pois aborda os itens relacionados com o ensino do cavalo e cavaleiro, baseando-se na boa equitação acadêmica, evitando-se aos praticantes riscos maiores de quedas, como acontece nos saltos de obstáculos ou no concurso completo, incentivando a participação de crianças, mulheres e homens, em absoluta igualdade de segurança.

No Brasil, esse campeonato foi introduzido pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Puro Sangue Lusitano. Essa raça tem demonstrado absoluta aptidão para este tipo de competição desportiva: um cavalo de porte médio, de andamentos ágeis e projetados para a frente, com tendência natural à concentração, facilidade de se mover em pequenos espaços, com poder de arrancar e parar bruscamente, com facilidade nas mudanças de direção, e um "coração valente", digno representante do melhor cavalo moderno mundial.

Desta forma, o cavalo Lusitano abre um novo mercado por ser o melhor. Este reflexo já se nota no Brasil, registrando-se exportações de alguns cavalos especificamente para esta modalidade, além de criar um mercado dito "da família" para cavalos que não tiveram a oportunidade de nascer com todos os predicados.

Já existe, no Brasil, uma comissão para decidir o futuro da Equitação de Trabalho. Um ponto importante foi a profissionalização da modalidade, o que significa que os juízes, chefes de pista e, principalmente, ganhadores precisam ser remunerados e os proprietários dos cavalos, prêmios que incentivem o retorno de seus cavalos às pistas. Buscam-se, incessantemente, patrocinadores para que essa modalidade sobreviva.

 

Por: Nuno Coelho Vicente Fonte: Cavalos do Sul de Minas Adaptação: Escola do Cavalo  

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