Conheça um pouco mais sobre a influenza equina

Uma doença viral, a influenza equina é altamente contagiosa, sendo em muitos países, considerada a enfermidade respiratória mais importante da espécie. Afeta equídeos em qualquer idade, mais frequentemente entre 1 e 3 anos, e não escolhe raça ou sexo.

Os vírus dessa doença são da família dosortomixovírus. Existem a influenzado tipo A/Equi -1 e influenza A/Equi 2, classificadas de acordo com as características antigênicas das glicoproteínas de superfície, a hemaglutinina.

É grande sua capacidade de sofrer mutação antigênica, o que impede a proteção do organismo do animal contra uma próxima contaminação, tanto pela infecção anterior, quanto pela vacinação. Nesse caso, os anticorpos de reação cruzada são menos eficazes e duráveis do  que os anticorpos homólogos no vírus neutralizante. Isso favorece a contaminação dos animais soropositivos, continuamente.

Sua principal via de contaminação é a inalação, sendo extremamente contagiosa. O vírus infecta as células epiteliais, que envolvem as vias aéreas inferiores e superiores. A infecção do epitélio ciliar provoca perda dos cílios num período de 3-4 dias de infecção, o que compromete o mecanismo de depuração mucociliar. Isso predispõe as vias aéreas comprometidas à infecção bacteriana secundária.

Ocorre no mundo todo, exceto na Austrália e na Nova Zelândia, onde ainda não foram registrados casos de influenza equina. Trata-se de doença endêmica na América do Norte, Europa e América do Sul.

Tem início repentino com curto período de incubação de 1-3 dias. Os equinos permanecem infectantes por 3-6 dias após os últimos sinais da doença. A propagação é muito rápida, com 100% de morbidade em populações suscetíveis. A taxa de mortalidade geralmente é baixa em casos não complicados, exceto em potros. Potros que não possuem anticorpos maternos apresentam sinais clínicos muito graves de pneumonia viral, que podem levar à morte, em 48 horas. Sintomas mais comuns: tosse, secreção nasal, febre, depressão, letargia, inapetência, e edemaciamento dos membros inferiores.

A vacinação contra a influenza equina é capaz de reduzir a gravidade da doença e a propagação da infecção. As vacinas comercializadas atualmente são administradas por via intramuscular e contêm antígenos inativados de ambos os tipos de vírus da influenza. Após a infecção natural, a imunidade dura aproximadamente 12 meses.

 O prognóstico para recuperação e retomada da função atlética, em casos não complicados de influenza equina, é bom, desde que se administre tratamento apropriado e se permita repouso adequado. A pleuropneumonia e a pneumonia bacteriana secundária agravam o prognóstico para retomada da função atlética e prolongam bastante o período de recuperação.

 

Fonte: Rural Pecuária

Adaptação: Escola do Cavalo

 

 

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