O tétano é uma doença causada por toxinas produzidas pela bactéria Clostridium tetani, caracterizada por rigidez muscular (tetania), podendo levar à morte por parada respiratória ou convulsões.
O Clostridium tetani é encontrado no ambiente (solo ou fezes) em todo o mundo. A infecção ocorre mais comumente por ferimentos, mas qualquer situação de anaerobiose contaminada pode levar ao desenvolvimento do tétano.
Quando a bactéria é inoculada em ambiente anaeróbico, os esporos germinam em sua forma vegetativa, que produz 3 exotoxinas, consideradas os principais componentes patogênicos. Tais toxinas são a tetanolisina, a tetanospasmina e a toxina não espasmogênica. A tetanolisina aumenta localmente a necrose dos tecidos, intensificando assim a esporulação e a propagação da infecção. A tetanospasmina é uma lipoproteína que se propaga por via hemática para o sistema nervoso central. A toxina não espasmogênica provavelmente causa estímulo excessivo do sistema nervoso simpático.
O maior sistema afetado pela bactéria é o neuromuscular, em caso de complicações mais graves a bactéria pode afetar o sistema respiratório em pneumonias aspirativas ou escaras de decúbito.
Os equinos tendem a ser mais sensíveis ao tétano, pois vivem em ambientes com alto grau de contaminação por fezes, o que pode aumentar a incidência dessa enfermidade.
Os principais sinais clínicos do tétano são:
-Andar rígido.
-Rigidez muscular generalizada, principalmente nos músculos de sustentação, o que leva a uma postura típica de “cavalete”.
-Trismo (“mandíbula travada”).
-Prolapso de terceira pálpebra.
-Hiperestesia (sinais de espasmos musculares podem ser exacerbados por ruído, luz ou estímulo táctil súbito).
-Febre e sudorese intensa.
-Disfagia, sialorréia e pneumonias aspirativas.
-Hipóxia por comprometimento dos músculos respiratórios, podendo evoluir para paradas respiratórias.
A maior fonte de contagio do tétano são em ferimentos, ambientes altamente contaminados por fezes e animais não protegidos por vacinação.
Para prevenir o tétano devemos:
-Vacinar através de 2 aplicações (dose e reforço) com 4 semanas de intervalo, seguida de vacinação anual de reforço.
-Evitar ambientes com potencial de risco.
-Limitar ao máximo a contaminação fecal.
-Limpar ferimentos e administrar toxóide tetânico se o animal não tiver sido vacinado nos últimos 6 meses.
-Em ferimentos infeccionados, realizar drenagem mantendo-os abertos.
Fonte: Agrolink
Adaptação: Escola do cavalo
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